Para tristeza da esquerda, o problema não é a desigualdade, mas a família desestruturada pelo relativismo
12/08/2019 às 08:54 Ler na área do assinanteA falta de pai em casa torna as crianças mais vulneráveis a se envolverem com crime e condutas nocivas à si próprias e aos outros. Não faltam estudos que demonstram isso, mas quase não recebem destaque na mídia porque confrontam a tese preferida da turminha cérebro de ameba, que culpa a desigualdade por todas as desgraças do mundo.
Nos EUA, crianças que crescem sem pai têm nove vezes mais chance de não terminarem a escola e cinco vezes mais chance de se envolverem com crime. Até Barak Obama, queridinho da isentosfera esquerda-afetiva, admitiu isso.
Em 2018, a Fox News publicou artigo mostrando que a maioria dos atiradores em massa vêm de famílias desestruturadas. O mesmo estudo mostra que meninas criadas sem pai tem maior tendência à depressão e à promiscuidade, enquanto meninos tem mais tendência a condutas nocivas.
Em 2007, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem sobre estudo realizado por economistas da Fundação Getúlio Vargas que demonstra a relação entre crime e desestrutura familiar.
Em 2016, um levantamento inédito do Ministério Público de São Paulo apontou que dois em cada três menores infratores não tem pai em casa. O levantamento levou em conta 1500 jovens de 12 a 18 anos que cometeram crimes na cidade de São Paulo entre 2014 e 2015. E quando os infratores são classificados por faixa de renda, nota-se que estão proporcionalmente distribuídos em todas, mostrando que o denominador comum não é a desigualdade de renda, mas de estrutura familiar por
O PAI DE FAMÍLIA - Em países como Brasil e EUA, quando se fala em estrutura familiar presume-se a presença de valores cristãos ou similares, onde o pai, entre outras coisas, tem o fundamental papel de servir como referência de limites, ordem e segurança, elementos que vêm sendo combatidos e relativizados por ideologias materialistas. O resultado dessa relativização é uma cultura degradada, onde a busca pelo prazer é tida como um valor supremo a despeito de qualquer moralidade, gerando adultos que não vêem sentido em qualquer sacrifício por algo mais elevado, pois não possuem objetivos elevados.
Numa sociedade assim, as crianças envelhecem sem referência de maturidade e realimentam o ciclo. Nos EUA, por exemplo, o número de filhos criados sem pai em casa saltou de 5% nos anos 60 para 45% em 2015. E para piorar, o modelo “ideal” de pai vai sendo retratado nas produções culturais como uma espécie de “mãe de calças”, que é sobretudo amigo dos filhos, enquanto o pai que coloca ordem na casa é retratado como autoritário e retrógrado.
Outro agravante é que os modos de vida reduzem cada vez mais o tempo de convivência, levando país carentes a mendigarem a atenção dos filhos, invertendo a ordem certa das coisas, criando crianças inseguras. Como diz o psicólogo canadense Jordan Peterson, "é óbvio que o casamento não é para os casados; é para os filhos. E como diz a equipe do canal Brasileirinhos, "a pior coisa que pode acontecer na vida de uma criança é pai covarde e mãe piranha".
Não quero, com isso, julgar qualquer pessoa, muito menos os motivos que fazem casais permanecerem juntos ou se separarem, até porque a separação muitas vezes se justifica por uma das partes ou por ambas. Mas não podemos omitir o óbvio: os mais prejudicados são sempre os filhos, por serem totalmente inocentes.
A família tradicional, atacada por todos que desejam destruir a ordem vigente, mesmo com problemas é a melhor forma de transmitir e aprimorar cultura. E não se trata de negar o valor dos modelos alternativos, pelo contrário: trata-se de reconhecer o heroísmo de quem os adota (por opção ou força das circunstâncias) e consegue transmitir valores elevados aos filhos. Ao reconhecermos isso, reconhecemos automaticamente qual modelo é mais eficiente e, portanto, mais desejável.
Espero que todos tenham tido um feliz Dia dos Pais, até os que estimulam, de forma consciente ou não, a desestruturação da 'célula mater' da sociedade, pois é um pouco de felicidade que falta a tanta gente ressentida. E a quem, por qualquer motivo, não foi possível sentir um pouco de felicidade, desejo força de caráter e de vontade para superar o ressentimento e aprender a agir com magnanimidade.