Depois de me inteirar sobre a reportagem a respeito dos eventos de abril/maio passado, estou convencido que a conspiração para derrubar Jair Bolsonaro realmente existiu.
Estavam todos agindo no “deep state” brasileiro, no pântano político, no submundo das instituições, para derrubar o Presidente da República.
Não tenho dúvidas.
Apenas não acredito em Dias Toffoli ter sido “garantidor” da lei e da ordem, e a peça-chave para manter no Poder o presidente legitimamente eleito, como ele tenta dizer na entrevista que deu à Revista Veja.
O que na verdade está acontecendo é uma tentativa desesperada de sobrevivência por parte de Dias Toffoli, no mais instinto primitivo de auto-preservação.
Como o jogo virou, e agora que os ventos da mudança, com a revolução pacífica iniciada em outubro de 2018, que chegou ao Executivo e já se instalou no Legislativo, batem às portas do STF, que tem funcionado como a última barreira para a implementação da nova política advinda com a eleição de Bolsonaro, Dias Toffoli quer passar para a militância bolsonarista a ideia de que foi um dos que trabalhou em favor do presidente, sendo peça-chave para debelar a conspiração que estava ocorrendo em abril/maio.
Isso não funcionará.
A militância é intelectualmente preparada; é aguerrida, organizada, e, especialmente, extremamente mobilizada, e não comprará essa versão. Quem debelou a conspiração foram as ruas; foi o povo, o titular do poder absoluto, e que saiu em defesa do presidente democraticamente eleito pela maioria.
Tomo a liberdade de falar por todos nós, aqui:
— Quando o navio naufragar, Dias Toffoli estará nele, e morrerá afogado junto com os seus.
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).