Cultura do diploma cria profissionais "ultra qualificados" tão úteis ao mercado quanto um patinete para um saci
Os mesmos profissionais são aqueles que culpam o capitalismo pelo seus próprios fracassos.
07/08/2019 às 10:01 Ler na área do assinanteUma das maiores mentiras que foram colocadas na cabeça dos brasileiros é a de que "faculdade serve para mudar de vida". Uma justificativa ridícula para o discurso de "falta de oportunidades", que considera toda ocupação que não exija formação acadêmica como "sub-emprego", somada ao pedantismo dos "intelectuais" progressistas.
A faculdade serve para FORMAR UMA ELITE INTELECTUAL. Ponto! Nada além. Porém, foi banalizada ao ponto de servir como "filtro" para o mercado de trabalho.
Por que uma pessoa precisa ficar 4 anos com o traseiro colado em uma cadeira, ao custo de uma pequena fortuna, para vender televisões e aparelhos celulares em uma rede varejista? NÃO TEM SENTIDO!
A "tara" universitária tem fundamento na teoria Gramscista de "tomada de espaços". Com as universidades abarrotadas de doutrinadores, é interessante para o stablishment que os jovens sejam colocados em suas salas de aula e, ali, sofram a "lavagem cerebral" do "pensamento crítico". Transformaram aquelas que, outrora, eram o "Olimpo do conhecimento" em fábricas de militantes.
Qual a aplicação prática de uma Mestre em "Fenômeno Piriguete" (tese apresentada na UFRJ) ou um Doutor em "Pedofilia e Suas Narrativas" (tese apresentada na USP)?
Criam profissionais "ultra qualificados", que têm tanta utilidade para o Mercado quanto um patinete para um Saci e, assim, ao não serem absorvidos, depositam a responsabilidade de seus fracassos no "sistema" que odeiam.
O capitalismo é simples. Quanto maior a sua utilidade e mais difícil a sua substituição, maior o seu "prêmio".
É exatamente por isso que um eletricista industrial pode ganhar mais do que um advogado; que uma recepcionista bilíngue pode ganhar mais do que uma pedagoga.
Um manobrista de navio chega a ganhar 300 mil por mês. Quantos executivos atingem esse salário?
Quando vamos para a "fortune 500", a lista dos mais ricos do planeta, tudo fica ainda mais claro. Podem procurar, ali, médicos ou engenheiros. NÃO VÃO ACHAR. Quando têm formação universitária, não exercem. Estão ali porque EMPREENDERAM.
As próprias faculdades não ensinam NADA sobre trabalho. Despejam os formandos no mercado, com um canudo na mão, sem terem a menor ideia de por onde começar.
O pensamento academicista, aliás, "torce o nariz" para o principal, que deveria ser ensinado na educação básica: VENDAS!
Esqueça toda e qualquer fórmula para "ficar rico". Começando do "zero", o meio mais eficiente de ganhar dinheiro é VENDENDO. Seja o lá que for.
Temos que abandonar a ideia de que "vendas" são a opção de quem não tem outra opção. O profissional liberal tem que vender seus serviços, o empreendedor tem que vender sua ideia. TODO MUNDO TEM QUE VENDER.
Carlos "Wizard" Martins dava aulas particulares na sala de sua casa, até criar um meio de vender seu método de ensino. Silvio Santos abandonou sua primeira oportunidade na rádio porque que ganhava mais vendendo canetas na Cinelândia. Eike Batista tornou-se o 7º homem mais rico do mundo vendendo sonhos em Power Point. Jeff Bezos é o homem mais rico do planeta porque revolucionou a forma de vender.
Ou seja: FACULDADE NÃO EQUALIZA OPORTUNIDADES. Ainda que resolva se formar, para usar seus conhecimentos no mercado, terá que aprender a VENDER seus serviços.
Então, se sua opção não for seguir a carreira acadêmica, TORNE-SE UM VENDEDOR, pra ontem!
Felipe Fiamenghi
O Brasil não é para amadores.