Pobre defendendo político corrupto é mais uma “jabuticaba brasileira"
05/08/2019 às 10:05 Ler na área do assinante“Não se pode exigir que o juiz tenha com o advogado de defesa a mesma comunicação que tem com os membros do Ministério Público. Basta observar que o MP se senta à direita do magistrado e o acompanha nos intervalos das sessões, quando a Corte se retira da sala de audiência. Nos tribunais os advogados, por mais intimidade que tenham com os julgadores, não passam do cancelo, o que já é um indicativo da diferença entre eles”. Eliane Calmon, ex ministra do STJ.
É tudo tão óbvio, tão claro, que me faz crer que estamos vivendo um grande teatro onde o pessoal da "resistência" são os protagonistas e a plateia somos nós, desorientados, confusos, ouvindo as falas dos atores principais e, ora ou outra, tentamos soltar uma frase para explicar aquilo que nem precisa de explicação:
O juiz e o promotor andam juntos!
Onde está o erro nisso?
Errado seria o juiz se reunir com a defesa e orientá-los como agir numa audiência para não cair nas armadilhas dos promotores!
O erro está naqueles que fizeram uma força descomunal para barrar uma operação policial que estava investigando gente importante e não em quem se comunicou para evitar o fim da operação.
É desesperador ver as maiores vítimas da corrupção - pessoas que dependem do SUS até para ganhar um comprimido para evitar um filho ou tirar sua dor - torcendo contra quem tentou fazer o que ninguém fez antes:
Prender gente que enriqueceu nos empobrecendo!
Os convenceram que nessa história os ricos são da polícia e os pobres são os corruptos presos! Dá pra acreditar no nível de loucura que essa coisa toda alcançou?
Estão indignados com o valor que as pessoas estão dispostas a desembolsar para comprar ingressos e ouvir um procurador da Lava Jato falar, mas ignoram os valores roubados pelos réus da operação.
Por que nós, a plateia, ainda damos créditos para isso? Por que ainda repercutimos as falas da mídia protagonista e dos ministros do STF, que fazem parte da resistência e se identificam mais com os réus do que com a justiça?
Pobre defendendo politico corrupto...
É mais uma jabuticaba brasileira, só tem aqui!
Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.