Risco de Guerra: Irã desafia Reino Unido e o Ocidente

21/07/2019 às 14:01 Ler na área do assinante

Reino Unido considerou como “ato hostil” a apreensão de um petroleiro britânico pelo Irã no Golfo Pérsico, neste sábado (20). A região marítima é a mais importante do mundo no comércio de petróleo. A Guarda Revolucionária Iraniana vem desafiando o ocidente durante toda a semana.

A tensão teve início, a duas semanas atrás, quando fuzileiros navais britânicos apreenderam um petroleiro que estava violando as sanções impostas à Síria e levando petróleo para o país.

O regime socialista sírio foi penalizado com medidas restritivas da UE até 1º de junho de 2020, uma vez que o regime continua com a repressão contra a população civil no país. Para vários diplomatas o Irã está incitando uma guerra e que o ocorrido é classificado como uma crise internacional.

O secretário de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, alertou que o Irã está escolhendo um “caminho perigoso” e que suas ações são “totalmente inaceitáveis” no Golfo. Ele convocou o principal diplomata de Teerã em Londres e advertiu os navios britânicos a evitar temporariamente o estreito de Ormuz.

A marinha Britânica estava a 60 minutos do petroleiro, Stena Impero, que foi sequestrado pelas forças especiais iranianas e que partiria para o enfrentamento para impedir o sequestro. O Reino Unido classifica os posicionamentos do Irã como uma incitação para desencadear uma guerra contra a Grã-Bretanha.

Um submarino de classe nuclear da Royal Marine Commandos já está preparado para reforçar as defesas da Marinha no Golfo. O submarino já está no mar e chegará à região dentro de alguns dias. A embarcação já está autorizada a usar metralhadoras de alto calibre, franco-atiradores e mísseis antitanque leves para deter as forças iranianas.

O Reino Unido aconselhou todos os navios britânicos a evitar a região. A Guarda Revolucionária iraniana estava preparada para um conflito, no momento do sequestro do navio.

O exército norte-americano autorizou o envio de militares e equipamentos dos Estados Unidos à Arábia Saudita. O governo saudita, aliado de Washington, autorizou a ação. No Brasil a Petrobras afirmou nesta sexta-feira (19/07) que não reabastecerá dois navios iranianos que estão parados próximo ao porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, devido ao impasse. França e Alemanha exigem que o regime iraniano liberte de imediato o petroleiro sequestrado.

Declaração do porta-voz da OTAN sobre a apreensão de dois navios no Estreito de Ormuz:

“Condenamos a captura de dois navios comerciais no Estreito de Ormuz. Isto representa um claro desafio para a liberdade internacional de navegação. Nós recomendamos que o Irã liberte imediatamente os navios e sua tripulação.
O Reino Unido deixou claro que sua prioridade é abordar a situação por meio do diálogo e da diplomacia.
A OTAN apoia todos os esforços diplomáticos para resolver esta situação. Todos os Aliados continuam preocupados com as atividades desestabilizadoras do Irã.”

Fonte: agências internacionais.

Edivaldo de Carvalho

Jornalista (Estácio de Sá) – Diário Terça Livre.

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