Bolsonaro defendeu a decisão de Toffoli?

20/07/2019 às 19:32 Ler na área do assinante

Bolsonaro não reclama dos dados que o COAF oferece à justiça, ele reclamou dos dados sigilosos que são PUBLICADOS em jornais só para jogar a opinião pública contra uma pessoa, mesmo quando essa pessoa nem está sendo investigada oficialmente!

Ele disse assim:

“Pelo que eu sei, pelo que está na lei, dados para repassar, dependendo para quem, tem que ter decisão judicial. O que é mais grave na legislação: os dados uma vez publicizados contaminam o processo. É o que posso dizer. Além de não ser economista, eu não sou jurista. (...) Se eu não quisesse combater a corrupção, não teria aceitado Moro como ministro.”

Só para lembrar, o COAF percebeu uma movimentação atípica de Flávio, que havia usado o caixa eletrônico DENTRO DA ALERJ onde trabalhava diariamente.

Ao invés de ser aberto uma investigação sigilosa contra Flávio, os jornais publicaram toda a movimentação e o procurador do ministério público Eduardo Gussem foi fotografado em um bar passando informação para o jornalista Octávio Guedes, da Globo, que publicou todos os dados, sem que houvesse uma investigação oficial, ou ordem judicial contra Flávio.

Flávio apresentou escritura da venda de uma cobertura para o ex atleta Fábio Guerra, que confirmou a forma de pagamento - deu outro imóvel, uma transferência de 100 mil em maio e o restante em dinheiro durante 3 meses seguintes.

Em maio deste ano os jornais e sites do grupo Globo publicam que o Ministério Público "se enganou" ao analisar os imóveis de Flávio e considerou como patrimônio adquirido, até mesmo imóveis que ele levará anos para quitar o financiamento. Mas o estrago já está feito.

Além dessa movimentação Flávio ainda tem a sombra do Queiroz em seu lado.

Independentemente da culpa de Flávio na acusação em que recebia de volta uma parte dos salários de seus funcionários, a divulgação de dados foi uma tentativa clara de difamá-lo.

Veja como foi a movimentação:

-9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;
-15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;
-27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;
-28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;
-13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.

Essa é a relação de transações atípicas que constam do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) relativas ao então deputado.

Raquel Brugnera

Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

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