Professor denuncia a subversão consentida na UFSC
17/07/2019 às 16:44 Ler na área do assinanteEm 14 de junho passado, quem aqui escreve, adentrou o Campus Universitário da UFSC às 07:15 horas da manhã para ministrar sua aula. Foi confrontado com uma barreira no portão do Campus guarnecida por cerca de vinte jovens mascarados (estudantes?). Esses aconselharam-me a não dar aula, argumentando estar a UFSC em greve. Educadamente informei-os que meu contrato de trabalho me obrigava a cumprir o horário de aula e que a UFSC não estava em greve (mesmo porque houve comunicado oficial da instituição de que naquela data haveria expediente normal). Ao retornar da aula às 9:10 horas, encontrei meu carro estacionado proximamente a barreira, totalmente depredado, com os pneus esvaziados, além do que, com sinais de tentativas de incêndio no pneu dianteiro. Ato contínuo, fui tomado de revolta e protestei, de modo que rasguei e queimei as faixas alusivas ao evento, que estampavam mentiras sobre o suposto “corte de verbas do MEC”. O episódio foi por demais divulgado na mídia social e entretanto, na grande mídia projetou-se tão somente imagens minhas no ato de depredação das faixas, o que serviu de motivo para uma interpretação maliciosa, qual seja, de que a agressão resultou deste ato.
A Administração da UFSC limitou-se a publicar nota na qual mencionou vagamente que um professor teve seu carro danificado, sem mencionar, no entanto, que se tratava de minha pessoa, professor titular com 45 anos de dedicação efetiva ao ensino e a pesquisa. A nota oficial não deixa de esconder a velada intenção de não dar relevância ao incidente, o que desnuda uma tolerância inaceitável com a baderna reinante naquele dia. Com efeito, o Campus foi invadido por três ônibus e caminhões que transportaram fardos de vergalhões de construção civil para os bloqueios, ato somente possível mediante articulação com ativistas esquerdistas no seio da própria UFSC. Por mais absurdo que possa parecer, até mesmo o acesso ao prédio da Reitoria foi permitido para que os meliantes lá alojassem seus colchões para pernoitarem na noite precedente a ocupação do Campus. Ato semelhante foi levado a efeito na UDESC. Mediante a indiferença da Administração da UFSC em apurar responsabilidades, tomei a decisão e protocolar no MPF uma denúncia procedente. Entretanto, diferentemente da UFSC, na UDESC foi solicitada uma abertura de sindicância junto a Procuradoria Geral do Estado, a fim de apurar a responsabilidade do bloqueio dos acessos do Campus de Florianópolis.
Abandonado a minha sorte pela própria Administração, por outro lado, fui apoiado por um número incontável de pessoas do Brasil e até mesmo do exterior, além do que, inesperadamente, recebi incondicional apoio do MBL – Florianópolis, a partir do qual seus membros se prontificaram a cotizar-se, de modo a cobrir os prejuízos de meu veículo. A propósito, o automóvel foi entregue, impecavelmente reparado, em 12/07 pela manhã, com a presença de representantes do MBL de Florianópolis.
Por outro lado, torno público o fato de que parte substancial de meus e-mails foram ilegalmente transcritos no estranho site esquerdista denominado Centospé, que por isso tem demonstrado zelo em difamar a honra pública daqueles que ousam dizer não a perniciosa esquerda, a qual como é público e notório, tem sido causa da degeneração da qualidade do ensino e da boa imagem que a UFSC construiu desde sua fundação. Os episódios de ocupação de espaço público, agressão e desordem bem recordam os dias em que arruaceiros nazistas ocupavam as ruas da Alemanha para depredar e impor sua nefasta ideologia, agredindo todos aqueles que ousassem contestá-los. Vejam cidadãos a que estado de vexame público a UFSC foi exposta, enquanto seus impostos são recolhidos também para pagar os salários daqueles que por dever, deveriam educar e não subverter a ordem pública como frequentemente o fazem.
Urge uma ação de caráter executivo do Governo Federal, a fim de intervir nas universidades no bojo de novas leis, que venham suprimir de pronto a perniciosa eleição direta para reitor, uma vez que os vencedores de tais absurdas eleições tem dado muito mais atenção para satisfazer o eleitorado esquerdista que os elegeram e menos àqueles que ainda persistem em realizar um bom trabalho, a fim de resgatar a universidade de seu estado atual de degeneração. Essa providência se faz urgente, mesmo porque a exceção de três, a maior parte das universidades brasileiras, inclusive a UFSC, estão posicionadas entre o número 750 e 850, num total de mil na classificação mundial das universidades.
Professor Sergio Colle
Professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC