O país das inversões lógicas, onde o “bandido” empareda o “mocinho”
15/07/2019 às 05:25 Ler na área do assinanteO Brasil é mesmo um país sui generis. É o país da contradição e das grandes inversões. Psicodélico mesmo. É o país onde o bandido empareda o mocinho e força este a se explicar diariamente ante a Nação. Não creio que exista outra cultura tão permissiva, tão invertida e tão pervertida no mundo.
Já vimos isto na CCJ da Câmara, onde investigados - ou até já processados – que se escondem atrás do mandato parlamentar que lhes garante impunidade, atacam um Ministro que vai explicar a reforma da Previdência e outro, ex-magistrado, que vai defender-se de informações obtidas criminosamente - que na realidade nada contém de comprometedoras - mas que servem para fazer muito barulho, levantar falsas suspeitas e ofender a honra de quem tem honra. É o país em que o rabo sacode o cachorro.
A Foice de São Paulo, já foi um veículo sério e, na época, era atacada pela esquerdopress e pelos seguidores da seita que tem como messias o Prisioneiro de Curitiba, o ‘Capo di tutti i Capi’, o ‘Princeps Corruptorum’, o Grande Canalha, Luiz Lula da Silva.
Na época, a então Folha de São Paulo se jactava de ser um “saco de gatos” (sic), publicando artigos de todos os credos, desde Sarney ao mais escancarado comunista, seguindo uma filosofia frouxa implantada por Otavio Frias Filho.
Aquela ideia de Frias era (e é) muito bonita, porque associada à liberdade individual do staff do jornal. Chega a emocionar mas, se posta em prática, pode ser perigosa. Ela me lembra o fascínio que as doutrinas de esquerda (comunismo, lulopetismo, etc.) exercem sobre os jovens (já exerceram sobre mim) porque falam em igualdade, direitos ilimitados, sem essa coisa aborrecida de se exigir responsabilidade e trabalho duro, de se ouvir que direitos custam dinheiro (muito dinheiro) e que dinheiro não dá em árvores, que não existe refeição grátis, que alguém (o contribuinte) sempre paga as contas, etc. Alguém escreveu:
“Se você nunca foi socialista até os vinte anos, você não tem coração. Se você continua socialista após os trinta anos, você não tem cérebro.”
Doutrinas de esquerda, bem como o princípio jornalístico de Frias Filho são utopias e, como tais, dão sempre erradas se aplicadas à prática.
Dispenso-me de falar sobre os desastres produzidos pelas doutrinas de esquerda: União Soviética de Lenin e Stalin, Leste Europeu, DDR de Erich Honecker, China de Mao, Camboja do genocida Pol Pot, Venezuela de Chaves e Maduro, Brasil de Lula e Dilma, etc.
Eu prefiro jornal com linha editorial clara e corpo de redatores afinado com aquela linha editorial. O “saco de gatos” de Frias Filho foi uma porta dos fundos por onde entrou a esquerdalha que hoje aparelha aquele que já foi um excelente jornal, que eu assino (Ainda! Até onde assinarei é pergunta que me acode diariamente) há mais de trinta anos.
Hoje a Folha de São Paulo virou Foice de São Paulo e tem como colaborador principal um marginal do jornalismo político, o comunista americano Glenn Greenwald. E ela, a Folha, nem se peja reconhecer esta associação com o marginal jornalista. Diz a primeira página deste domingo (14) da Folha, tentando incriminar o Procurador Chefe da Lava Jato, Deltan DAllagnol: “O chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, MONTOU um plano para lucrar com palestras decorrentes do prestígio da operação, apontam mensagens obtidas pelo The Intercept e analisadas COM a Folha. As mensagens não foram analisadas PELA Folha, mas COM a Folha. A Folha com o The Intercept, do marginal comunista norte-americano.
A redação foi feita para propositadamente desviar o eventual espirito analítico do leitor. Por exemplo o texto diz que Dallagnol “montou” um plano ... Só para ao final deixar claro que nem Dallagnol, nem Pozzobon montaram plano algum.
Ah, mas olhem a manchete da matéria sem-vergonha: “Deltan fez plano de lucrar com a imagem de Lava Jato”. Fez nada! Se ouve uma conversa, ela teve sentido inverso do que afirma a matéria. Ademais, uma coisa é uma conversa, outra coisa é um ato concreto de “fazer” um plano, o que nunca houve. Se existe este plano, por que a Foice não o mostrou?
Segundo Augusto Nunes, do alto de sua enorme experiência jornalística, 70% das pessoas leem apenas a manchete e é com isto que a Foice de São Paulo conta, em sua campanha torpe, associada a um jornalista torpe, para denegrir a imagem e a honra de pessoas que combatem crime e criminosos.
Manchetes tendenciosas, escritas na esperança de que o leitor fique apenas nela e não leia o texto todo. Esta é, hoje, a maior especialidade da Foice de São Paulo.
Por oportuno, destaco duas matérias esclarecedoras sobre a questão, /1/, /2/ (veja no final)
Quem procura denegrir a honra de pessoas que combatem o crime é porque é a favor do crime e dos criminosos: no caso, sabemos bem quem é o criminoso favorecido pela campanha da Foice de São Paulo e do The Intercept: O Prisioneiro de Curitiba, o ‘Capo di tutti i Capi’, o ‘Princeps Corruptorum’, o criador e gerente do maior esquema de corrupção da história das democracias ocidentais: Lula. O pretenso beneficiário desta campanha sórdida da Foice de São Paulo, associada a Gleen Greenwald, é o político que, no governo de um país, criou a Corrupção de Estado.
À Foice de São Paulo e a Gleen Greenwald aplica-se como uma luva o ditado latino: “Asinus asinum fricat”, ou um burro se coça em outro burro.
Só que não falo de burros, falo de homens sem escrúpulos, difamadores da honra de quem combate crime e criminosos, em favor de um bandido condenado em três instâncias e preso merecidamente pelos crimes que cometeu.
REFERÊNCIAS
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.