Os deputados inquirindo o ministro Sérgio Moro na Câmara foi a maior aula sobre o tipo de caráter que sustenta a esquerda. O desrespeito foi total, e partiu dos que querem Lula livre, o fim da Lava Jato e o PT de volta ao poder em 2022. Para eles, o ministro honesto e probo é:
"Paranóico" (Helder Salomão - PT); "Juiz de métodos ilegais" (Márcio Jerry - PC do B); "Juiz que mente" (Rogerio Correia - PT); "Criminoso contumaz" (Erika Kokay - PT); "Um criminoso que deveria estar preso pelo conjunto de crimes" (Paulo Pimenta - PT); "Imoral e corrupto" (José Guimarães - PT); "Falso herói" (Rosa Neide - PT); "Juiz de comportamento imoral" (Talíria Petrone - PSOL); "Juiz falso e parcial" (Anastacio Ribeiro - PT); "Juiz ladrão" (Glauber Braga - PSOL).
Já os militantes mais conhecidos, como Maria do Rosário, Gleisi, Rui Falcão e Feghali, se revezavam com essas frases:
"Olhe nos meus olhos quando eu estiver falando"; "O senhor envergonha os bons juizes desse país"; "Mostre que o senhor tem alguma decência e deixe o cargo"; "O senhor destruiu nosso sistema jurídico para prender Lula"; "O senhor foi recompensado com um cargo pelas ilegalidades que cometeu"; "O senhor está se fazendo de desmemoriado".
Também não pouparam baixezas como ataques a sua esposa, além de insinuações de que Moro desejava controlar o dinheiro da Lava Jato para se locupletar, seguido de perguntas sobre suas supostas "contas na Suíça".
Se de ouvir essa escória brasileira, e a partir do conforto de meu sofá, já me embrulhou o estômago, imagino o de Moro, estando lado a lado com os serpentes.
Moro é, realmente, um herói.
(Texto de Marcos Frenette)
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