A complicada e delicada situação da deputada Flordelis
22/06/2019 às 09:20 Ler na área do assinanteNão fosse ela uma deputada, certamente sua prisão preventiva já teria sido requerida pela autoridade policial.
O fato é que são inúmeros os indícios que apontam para a participação de Flordelis no crime de homicídio cometido contra o marido, o pastor Anderson do Carmo. Ou, pelo menos, sua atuação direta na tentativa de obstrução das investigações.
As primeiras declarações da deputada sobre o crime, dadas ainda para a imprensa, já causaram certa estranheza.
Flordelis disse logo após o assassinato que teve a sensação de que estava sendo seguida por duas motos.
Porém, ao chegar em casa, junto com a vítima, teria esquecido o portão aberto.
Causou espanto que alguém que teve a sensação de que estava sendo seguida, não tenha se preocupado com o imediato fechamento do portão, tão logo entrou na garagem da casa.
Anderson voltou para fechar o portão, quando recebeu uma saraivada de tiros.
O celular da vítima teria sido entregue para a deputada pela namorada do filho. Flordelis diz que o aparelho sumiu.
Um dos filhos de Flordelis, em depoimento para a polícia, aponta a mãe e três irmãs como principais suspeitas da morte do pai.
Há pouco tempo, Flordelis teria dito que a hora de Anderson estava chegando. Tal fato foi revelado por um filho, que diz ainda que o comportamento dela no velório foi um teatro.
A arma utilizada no crime foi encontrada no armário de um filho biológico de Flordelis, enteado de Anderson.
Após o crime, inúmeros objetos foram incinerados no quintal da residência. A polícia conseguiu recuperar um edredom com manchas de sangue.
Enfim, parece não haver dúvidas de que o autor do crime é alguém de dentro de casa.
Tudo indica que Flodelis, caso não tenha participação direta na prática criminosa, sabe quem foi o autor e tenta lhe dar cobertura.
A polícia já a considera suspeita.