A falácia de que o PT governou para os pobres

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“O PT governou para os pobres”. Incrível como algumas pessoas boas ainda repetem esse tipo de asneira. E o pior é que além de a repetirem ainda a complementam com a seguinte pérola: “Bolsonaro não gosta de pobre”.

É muito chato ter que refutar um argumento tão fora da realidade como esse, típico de quem simplesmente não consegue enxergar/entender o cenário ao seu redor. Mas é de bom alvitre que, mais uma vez, se desmonte essa afirmação falaciosa, torcendo para que os que acreditam nela talvez coloquem a cabeça no lugar e voltem para o caminho da Luz, saindo das Trevas onde se encontram.

O PT nunca governou para os pobres. Se o partido, eleito por 4 mandatos consecutivos para a Presidência, tivesse governado para os pobres, por que então esses pobres continuam pobres? Por que esses pobres continuam sem saneamento básico, sem emprego, e sem dignidade? Por que os índices de pobreza aumentaram no país? E por que, por outro lado, os ricos ficaram mais ricos, especialmente o sistema bancário?

Mas o fato é que esse discurso de “o PT governou para os pobres”, e “Bolsonaro não gosta de pobre”, que já citei no início desse texto, infelizmente funciona com a militância esquerdista, que repete isso aos quatro cantos; o partido ainda se escora nesse tipo de afirmação taxativa que apresenta aos eleitores, pois isso lhe traz voto.

Com efeito, quando o PT diz que “governa para os pobres”, na verdade o que deve ser entendido é que ele governa utilizando os pobres e a sua pobreza como um ativo valioso (com perdão pelo trocadilho).

Como alguém já falou, o PT gosta tanto dos pobres que os multiplica. E isso não é algo exclusivo do PT, mas sim da Esquerda como um todo, onde quer que ela atinja o poder: o exemplo mais atual é a Venezuela, com o seu “bolivarianismo”, que nada mais é do que o “neocomunismo do século XXI”, e de uma “releitura” do socialismo marxista.

Mas é exatamente essa a diferença entre do PT de 'Lula 1 e 2' e 'Dilma 1 e 2' para a Direita de 'Jair Bolsonaro 1': nós, direitistas, queremos que o pobre deixe de ser pobre e que progrida na vida, libertando-se da escravidão/servidão intelectual e econômica que sempre o fez depender das migalhas oferecidas pelo Estado.

Isso sim é “gostar de pobre”: ao querer que o pobre não seja mais pobre, e ascenda socialmente, passando a consumir, gerar riqueza, e integrar-se mais à sociedade, nós, direitistas, defendemos, com esse pensamento, a menor minoria existente, que é o indivíduo, e, principalmente, o indivíduo mais fragilizado economicamente.

Ao querer que o pobre deixe de ser pobre, esperando que o Governo implemente políticas públicas que de fato possibilitem a esse indivíduo fragilizado economicamente que melhore suas condições financeiras, nós, direitistas, temos convicção que o tamanho do Estado sobre os ombros do cidadão vai diminuir, e, consequentemente, a liberdade vai aumentar.

Esse, sem sombra de dúvida, é um pensamento totalmente inverso do que o PT, na sua ânsia de “cuidar dos pobres”, possui: para ele, os pobres são um ativo valioso, que merece ser mantido na eterna pobreza, para que o Estado (controlado por ele, PT) continue-os tutelando e fornecendo-lhes migalhas, dizendo que estão tomando conta deles.

Um conhecido provérbio chinês antigo diferencia bem as situações sobre como o PT e a Direita (de Jair Bolsonaro) lida com os pobres:

“Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia; ensine-o a pescar e ele se alimentará pelo resto da vida."
Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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