Adélio inimputável?
Sim, pelo menos é esta a conclusão do juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora. Ele concluiu, nesta segunda-feira (27), que o autor da facada no presidente da República, Jair Bolsonaro, tem problemas mentais e não pode ser punido criminalmente.
Estranho é que o Bandido da Luz Vermelha (BLV) não fora, antes, considerado inimputável, em que pesem as semelhanças físicas e mentais entre os dois personagens.
O Brasil é cada vez mais o país da impunidade?
Depende da natureza do crime, dos interesses a que serve e dos recursos financeiros postos à disposição do indiciado.
Para quem não conhece a história, BLV era João Acácio Pereira da Costa, que aterrorizou a cidade de São Paulo nos anos 1960.
Apesar das características físicas e mentais muito similares às de Adélio, BLV foi condenado a 351 anos por 4 assassinatos e 77 assaltos. Serviu apenas 30 anos de cadeia, o máximo permitido pela lei brasileira.
Sua ousadia era tamanha que virou um mito, tendo seus “feitos” romanceados em filme.
Mas, para o infortúnio do BLV, ele não servia a interesses políticos sombrios - como Adélio serve. Daí não poder dispor ele, nos anos 1960, de 04 advogados criminalistas dos mais caros do Brasil (quem paga os Honorários?), que só viajam em jatinho executivo (quem paga essas despesas?) para defender o cliente “ilustre”, importantíssimo para o PT.
Nada mais natural, portanto, que a condenação do BLV como bandido comum, sem os escapes psicológicos fajutos de Adélio.
A história do PT sempre foi assombrada por “queima de arquivos” e coisas similares. Vejam abaixo uma lista que tomo de artigo de Amilton Aquino /1/ (as notações destacadas entre colchetes são minhas):
Certamente alguns [assassinatos] podem ser apenas coincidências, mas qual a probabilidade de as 24 mortes listadas abaixo serem todas obras do acaso? O que todos estes casos têm em comum? A conveniência ao PT. [Como sempre perguntava Poirot, detetive personagem de Agatha Christie: A quem interessava o crime? Como sabe o distinto público, o crime de morte de Adélio interessava, se consumado, ao PT]
Vejamos:
2001 – Toninho do PT, prefeito de Campinas, foi assassinado à tiros. Até aí nenhuma suspeita. Mas depois da morte de outro prefeito do PT, Celso Daniel, surgiram especulações de que tivesse também relação com o esquema de propinas montado no interior de SP, desde a conquista das primeiras prefeituras pelo PT, que financiou a campanha vitoriosa de Lula em 2002;
2002 – Celso Daniel, na época prefeito do PT foi torturado e morto. Segundo sua própria família, que admitiu que o prefeito participava do esquema de corrupção citado acima, o ex-prefeito estava indignado e disposto a denunciar a cúpula do partido de estar usando o dinheiro “arrecadado” em benefício próprio. A história sempre foi relevada pela imprensa, mas o caso está sendo novamente investigado pela Lava jato já que as informações prestadas por Marcos Valério foram confirmadas;
2002 e 2003 – Num intervalo de poucos meses, sete outras pessoas ligadas ao caso Celso Daniel vieram a ser assassinadas. São elas:
1) Antônio Palácio de Oliveira: garçom que atendeu o prefeito antes do assassinato. Assassinado em fevereiro de 2003.
2) Paulo Henrique Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003.
3) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado em dezembro de 2003.
4) Dionízio Severo: suposto elo entre a quadrilha e Sombra, que estava com o prefeito e posteriormente foi acusado do assassinato. Assassinado em abril de 2002.
5) Sérgio Orelha: amigo de Severo. Assassinado em 2002.
6) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
7) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
2004 – Morre em um acidente de carro Luís Eduardo Saeger Malheiro, ex-presidente da Bancoop, a mesma cooperativa que lesou 3 mil mutuários do Banco do Brasil, mais tarde repassada para a OAS e que levou ao caso do tríplex do Lula. Segundo seu irmão, Hélio Malheiro, ele havia sido alertado para reforçar sua segurança pessoal. Além do ex-presidente, outros dois diretores da Bancoop morreram no mesmo acidente;
2014 – Assassinado num suposto assalto, o ex-coronel Malhães revelou na Comissão da Verdade que Lula mandou matar dois sindicalistas para conquistar o poder no sindicato. Sua morte aconteceu um mês depois. Antes ele revelou que tinha medo de ser assassinado por suas revelações.
2014 – Acidente aéreo mata Eduardo Campos no dia seguinte a uma convincente entrevista no Jornal Nacional com potencial de desbancar Dilma e Aécio, dois candidatos altamente rejeitados e que representavam a continuação da polarização que ninguém aguenta mais;
2015 – Executivos da Seguradora Bradesco, uma das principais acionistas da Vale, morrem, em queda de avião. Caixa preta é encontrada danificada, ilegível. Como veremos na sequência, pouco depois morreria o ex-presidente da Vale após escrever uma carta a Dilma contendo denúncias de corrupção.
2015 – Ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, morre ao cair do 11º andar;
2016 – Roger Agnelli, CEO da mineradora Vale, morre em um acidente aéreo. A caixa preta do avião com dados do voo não foi encontrada;
2016 – Morre num suspeito “suicídio” o empresário que comprou avião de Eduardo Campos;
2016 – Arthur Sendas, o primeiro membro do Conselho de Administração da Petrobrás, presidido por Dilma, que autorizou a compra de Pasadena, foi assassinado em seu apartamento.
2017 – Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, morre em queda de avião às vésperas de voltar ao trabalho para homologar a delação mais importante da operação Lava-jato, que promete trazer provas documentais contra Lula e Dilma, duas das quais referentes ao terreno do Instituto Lula e ao apartamento vizinho, em São Bernardo do Campo.
O povo, como sempre infinitamente mais honesto e inteligente que algumas de nossas autoridades, não aceita - pleno de razão – a “conclusão” do caso Adélio e mostra, indignado, com argumentos irretorquíveis, que ela (a conclusão) está absolutamente errada.
Vejam as razões, expostas por vários cidadãos:
O caso Adélio certamente constará da próxima lista de Amilton Aquino, a assombrar o PT.
Como diria o próprio messias da seita petista, Lula: “Nunca antes na história ‘dessepaís’, um partido político foi tão assombrado por tantas suspeitas de tantas queimas de arquivos e tentativas de assassinatos.”
Referência:
/1/ http://visaopanoramica.net/2017/01/22/o-historico-de-suspeitas-de-queimas-de-aquivos-do-pt/
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.