A situação de Luís Cláudio Lula da Silva, após o depoimento na Polícia Federal
09/11/2015 às 08:31 Ler na área do assinanteApós o depoimento de quase quatro horas, na última quarta-feira (4), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, segundo informações colhidas pelo Jornal da Cidade, a situação de Luís Cláudio Lula da Silva, ficou pior e mais complicada do que quando ele chegou ao prédio, acompanhado pelo seu defensor Cristiano Martins e outros três advogados.
A suspeita que recai sobre Luis Claudio, que justificou a ação de busca e apreensão em suas empresas, é a de que ele teria recebido uma milionária propina de 2,4 milhões de reais do escritório de lobby Marcondes & Mautoni.
Luis Claudio admite o recebimento da grana, mas sustenta que eram referentes a serviços prestados pela LFT Marketing Esportivo, empresa que montou em 2011.
De acordo com o filho do ex-presidente Lula, os trabalhos prestados à Marcondes & Mautoni consistiram em projetos de "pesquisa, avaliações setoriais e elaboração propriamente dita", com "foco relacionado à Copa do Mundo (2014) e à Olimpíada" do Rio (2016).
Entretanto, não obstante Luís Cláudio ser formado em Educação Física, ele não possui nenhuma experiência ou expertise que justifiquem o recebimento de valores tão expressivos por serviços de consultoria na área esportiva. Aliás, sua experiência se restringe à atuação como estagiário de Educação Física no departamento amador do São Paulo e depois como auxiliar de preparador físico nas equipes do Palmeiras, Santos e Corinthians. Em nenhuma das quatro equipes pelas quais passou, Luis Claudio chegou a ser o preparador titular.
A LTF não possui nenhum funcionário registrado. Mauro Marcondes Machado, do escritório de lobby Marcondes & Mautoni, está preso desde o último dia 26, acusado de envolvimento em diversos negócios ilícitos.
Por outro lado, Mauro Marcondes conhece o ex-presidente desde o fim da década de 70, quando trabalhava na Volkswagen e Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Para os investigadores, a natureza da LFT não justificaria sua contratação para a finalidade alegada. E, ainda que esse trabalho tivesse sido encomendado e realizado, o preço atribuído a ele é anormal.
De qualquer forma, nenhuma cópia ou evidência da realização do serviço foi encontrada pela Polícia Federal na busca e apreensão, o que seria natural, caso realmente tivessem sido realizados.
As novas decisões no caso ficarão agora a cargo do juiz Vallisney de Souza Oliveira, que é o titular da 10ª Vara Federal de Brasília.
Fonte fidedigna garante que existe uma grande apreensão na família Lula da Silva em relação ao desenrolar deste caso e uma evidente preocupação com relação a alguma medida extrema em relação a Luis Cláudio. De qualquer forma, o afastamento da juíza substituta Célia Regina Orly Bernardes, responsável pela liminar de busca e apreensão, foi visto como um grande alívio.
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