Contrariando grande mídia, governo tem esmagadora vitória com Reforma Administrativa

Confira o placar da votação da MP 870

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Ontem, 22, mal o sol se punha e os sites da mídia corporativa tradicional já estampavam em letras garrafais que a “Câmara impunha derrota ao governo”. Embasavam a narrativa na retirada do COAF do Ministério da Justiça sob controle de Sérgio Moro. Uma derrota, sem dúvidas. Mas muito distante de representar uma derrota significativa para o governo.

Façamos um breve placar sobre as questões envolvidas:

Reivindicações da oposição:

  • Não levar à votação a MP 870 (Reforma Administrativa). A votação ocorreu: 1 x 0 para o governo.
  • Rejeitar o texto principal da MP. O texto principal foi aprovado: 2 x 0 para o governo.
  • Recriar o Ministério da Cultura. A ideia foi rejeitada pelo plenário: 3 x 0 para o governo.
  • Recriar o Ministério do Trabalho. Ideia também rejeitada pelo plenário: 4 x 0 para o governo.
  • Limitar os poderes dos auditores fiscais da Receita Federal. A emenda foi derrubada: 5 x 0 para o governo.
  • Mandar o COAF de volta para o Ministério da Economia. Primeira vitória da oposição: 5 x 1 para o governo.
  • Desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional nos antigos Ministérios da Integração Nacional e das Cidades. Medida rejeitada: 6 x 1 para o governo.
  • Devolver a demarcação de terras indígenas à Funai, retirando a atividade do Ministério da Agricultura. 6 x 2 para o governo.

Ou seja, o governo obteve duas derrotas durante toda a votação. Nenhuma delas, ainda, impõe sérias restrições às ações prometidas pelo governo. O COAF, por exemplo, poderá ainda ser uma importante ferramenta à disposição de Sérgio Moro, ainda que, para tal, este precise passar pela Polícia Federal ou algum outro órgão primeiro.

A Funai, sob o Ministério da Justiça, fica mais ao alcance de Sérgio Moro do que antes, sob a alçada de Damares Alves. Então, é difícil entender essa “vitória da oposição” alardeada pela mídia tradicional quando essa mesma oposição corre de Moro como o diabo corre da cruz.

Vitórias do governo não geram manchetes garrafais nem coadunam com a narrativa de que o presidente não passa de um troglodita contrário ao diálogo e sem qualquer capacidade de governar republicanamente. Por outro lado, é claro que se o presidente governasse à base de conchavos e propinas de empreiteiras, aí receberia incontáveis diplomas honoris causa e capas de revistas internacionais com o Cristo Redentor decolando ao infinito...

da Redação Ler comentários e comentar