O ministro Augusto Nardes do Tribunal de Contas da União era sócio de uma empresa de consultoria investigada pela Polícia Federal por suspeitas de participar da quadrilha acusada de fraudar o Carf.
Diz o ministro que deixou a sociedade em maio de 2005, antes de assumir o cargo na corte de contas. Porém, continuou na empresa um sobrinho, que recebeu valores da SGR Empresarial, pertencente ao advogado José Ricardo da Silva e contratada por contribuintes para derrubar multas do Fisco.
Apesar da saida estratégica de Nardes da empresa de consultoria, os procuradores da 'Zelotes' acreditam que o ministro está envolvido.
Uma anotação encontrada pela Polícia Federal na casa do advogado Edison Pereira Rodrigues, ex-presidente do Carf e ligado à SGR Empresarial, mostra uma tabela de custos de uma prestação de serviços, onde aparece a inserção “custo ministro”, R$ 2.556.974. Para os investigadores é uma referência a Nardes. A conclusão é corroborada por outros documentos achados da Operação Zelotes.
Em mensagem enviada a pedido do advogado José Ricardo, da SGR, em 24 de fevereiro de 2012, a secretária Gegliane Bessa apresentou ao patrão um balanço sobre pagamentos feitos a pessoas identificadas como “Ju” e “Tio”. Para a PF e para a procuradoria, a secretária fazia alusão a Augusto Nardes e ao sobrinho Juliano, sócio do ministro na consultoria. Gegliane disse no e-mail que repassou ao “Tio” R$ 1.650.000 entre 2011 e 2012, e outros R$ 906.974 a “Ju” no mesmo período. Os valores somam os exatos R$ 2.556.974 identificados na tabela como “custo ministro”.
O caso envolvendo Nardes tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a responsabilidade da ministra Carmén Lúcia.
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