UOL publica gritante mentira sobre o Ministro da Educação e é desmentido pelo MEC (veja o vídeo)

10/05/2019 às 18:04 Ler na área do assinante

Na última quinta-feira, 9, o portal UOL, do Grupo Folha, publicou uma série de equívocos a respeito do Ministro da Educação e do contingenciamento das verbas destinadas às instituições federais de ensino.

A matéria comentava parte de uma gravação das já tradicionais transmissões feitas pelo presidente, Jair Bolsonaro, em suas redes sociais, falando de diversos assuntos da administração federal. Porém, a matéria interpretava erroneamente os dados apresentados pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, alegando que “o raciocínio matemático do ministro estava errado” e questionando as suas analogia e a didática.

Weintraub usou bombons para demonstrar à população que, se as verbas das universidades fossem bombons de chocolate, de 100 bombons, apenas 3 ficariam de fora do pacote. Porém, a matéria do UOL alegava que:

“[...] o raciocínio matemático do ministro está errado quanto à ordem de grandeza. A analogia correta seria dizer que o corte - ou contingenciamento, como ele defendeu hoje - equivale a 30 chocolates em 100.”

Mas não bastasse o erro, a matéria foi além, utilizando um “professor de matemática” que classificou o “erro” do ministro como “grotesco” e disse que:

"Talvez o que ele tenha feito é a conta por caixa, mas, nesse caso, também errou"

A matéria ia além, tentando denegrir a imagem do ministro, afirmando que:

“Segundo o professor, esse tipo de conta envolvendo porcentagens é conteúdo que os alunos estudam na sétima série do ensino fundamental”

O problema é que tanto a matéria como o tal professor estavam gigantescamente errados, sem ter conseguido sequer interpretar o que o ministro havia explicado no vídeo.

Após contato do MEC, a matéria foi completamente refeita, tendo o título trocado, o texto modificado e uma nota de errata introduzida, além de adicionar a explicação dada pelo MEC.

Segundo o ministério, o raciocínio de Weintraub estava correto, sendo o seguinte:

Inicialmente, a pasta falou em congelamento de 30% da verba das universidades. Esse valor se refere ao orçamento que pode ser congelado ou cortado - verbas chamadas "não discricionárias", usadas, por exemplo, para gastos com água e luz. Essas despesas são 13,8% do orçamento total das universidades - e é 30% desse valor que está bloqueado. Gastos com pagamento de salários de funcionários são "obrigatórios" e não há margem de bloqueio sobre eles. Não são alterados. O valor bloqueado, portanto, equivale a 3,4% do orçamento total das universidades neste ano - que totaliza R$ 49,6 bilhões.

Seria apenas um erro editoral? Seria uma matéria difamatória intencional? Não se pode alegar. Porém, há um fato perturbador nisso tudo: o UOL é um dos portais do Projeto Credibilidade, capítulo brasileiro do Trust Project, uma organização que declara, entre outras coisas, ter o papel deservir a sociedade produzindo uma narrativa verdadeira, inteligente e completa sobre ideias e eventos.

Seria a hora de o projeto rever seus objetivos ou seus aliados? Talvez. O fato é que a desinformação foi tanta que o próprio ministro gravou um novo vídeo para desmentir a matéria;

da Redação
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