O "problema" criado pelo ministro Sérgio Moro para os políticos corruptos e para os bancos brasileiros que ajudam na lavagem de dinheiro é de simples compreensão.
Vamos lá...
No Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) havia 34 servidores efetivos em cargos de chefia e subchefia, muitos dos quais deslocados para lá por apadrinhamento político. Mesmo funcionários concursados, na maioria das vezes, precisam de uma "forcinha" para serem "promovidos".
Assim que assumiu a responsabilidade pelo COAF, incluído no Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, Moro elevou esse contingente de 34 para 60, nomeando 26 pessoas de sua confiança para moralizar o órgão.
Parêntese importante. Por que você acha que centenas de colarinhos-brancos conseguiam movimentar bilhões de reais roubados através do Sistema Financeiro Nacional sem que o COAF visse nadinha? Fecho parêntese.
Essa medida, além de macular egos, deixou muitos "peixes graúdos" sem ar. Alguns até em desespero.
E foi por isso que nesta quinta-feira (09), a comissão mista entre Câmara dos Deputados e Senado Federal atropelou o bom senso e os acordos e retirou o COAF das mãos de Sérgio Moro.
Simples assim. Compreendeu?
#OBrasilPrecisaDeQuimioterapia
Helder Caldeira
Escritor, Colunista Político, Palestrante e Conferencista
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.