Feministas reclamam que Capitã Marvel aparece pouco em Vingadores Ultimato
03/05/2019 às 11:26 Ler na área do assinanteO filme Vingadores Ultimato entrou em cartaz quebrando uma dúzia de recordes e contentando uma legião de fãs super-exigentes. A obra trabalha com maestria o impacto das consequências de Vingadores Guerra Infinita sobre os protagonistas, além de se concentrar em desenvolver um plano mirabolante para desfazer o estrago que Thanos causou. O longa agradou tanto que quase se tornou uma unânimidade, digo "quase", pois algumas feministas e jornalistas militantes reclamaram do pouco tempo de tela da personagem de Brie Larson, a Capitã Marvel. A pressão foi tanta que em entrevista ao NY TIMES, o roteirista Stephen McFeely teve de explicar a situação.
"Certamente, a Capitã Marvel aparece menos em Ultimato do que o esperado, mas essa não é a história que estamos tentando contar - é sobre os Vingadores originais lidando com o luto e chegando em uma conclusão, enquanto ela é a novata", declarou McFeely.
Ora, a explicação de Stephen pode parecer óbvia para qualquer pessoa normal, mas se fez necessária para deixar claro para os "mimimizentos" que um bom filme coloca a lógica narrativa acima de bandeiras políticas. O problema é que o mundo do entretenimento está sendo infestado por feministas que se passam por nerds para parasitar o fenômeno cultural dos filmes de super-heróis e usá-los para introjetar suas ideologias esquerdistas malucas na vida das pessoas.
É fácil de identificar uma "feminerd" (feminazi + nerd), pois ao invés de discutir sobre qual personagem é o mais forte ou sobre qual venceria em uma luta, elas preferem debater sobre o "machismo estrutural da indústria de quadrinhos" ou sobre a "objetificação das mulheres nos quadrinhos e filmes de heróis". Ou seja, são aquelas que querem transformar estórias de ação e aventura em discussões sociológicas! Acontece que isso é um saco! E como se não bastasse, elas ainda querem que o mundo do entretenimento nerd como um todo mude para atender ao que elas acham ser o certo, mesmo que contrarie o gosto de milhões de fãs. Para comprovar isso, basta analisar a situação da Marvel nos quadrinhos, que por pressão dos progressistas acabou matando e substituindo seus principais heróis por versões "lacradoras". O Homem de Ferro perdeu seu posto para uma adolescente negra, o Hulk foi substituído por um garoto chinês, o Thor se tornou indigno e perdeu seu martelo para uma mulher com câncer, o Wolverine foi morto e substituído pela X-23 enquanto que o Capitão-América foi substituído pelo Falcão e depois voltou como um vilão nazista. Isso mesmo, transformaram o Capitão em um nazista, tudo para tentar forçar uma crítica patética contra Donald Trump e seus eleitores. Fizeram inclusive o Capitão Nazista levantar o martelo Mjolnir. Mas que salada, não? O resultado disso não poderia ser outro: a Marvel despencou nas vendas de quadrinhos e até mesmo o vice-presidente sênior de vendas da empresa, David Gabriel, culpou os heróis-lacradores pela crise comercial.
Em uma entrevista realizada durante o Marvel Retailer Summit, Gabriel declarou: “O que nós ouvimos é que as pessoas não querem mais diversidade. Eles não querem personagens femininos por aí. Isso foi o que ouvimos, quer você queira acreditar ou não. Eu não sei se isso é verdade ou não, mas foi isso que nós vimos nas vendas. O que nós vimos nas vendas foi que qualquer personagem que era novo, nossos personagens femininos, qualquer coisa que não era um dos principais personagens da Marvel, as pessoas estavam virando a cara. Isso foi difícil para nós pois tínhamos várias ideias frescas, novas e empolgantes que estávamos tentando divulgar e nada estava realmente funcionando.”
Mas para que tudo isso? Não bastava criar novos heróis que fossem gays ou mulheres? Por que tirar os heróis clássicos de cena? Segundo as lacradoras o objetivo era "aumentar a diversidade no mundo nerd". Elas só esqueceram de explicar que a diversidade que as feministas e muitos movimentos esquerdistas defendem, é na verdade, um anseio por homogeneidade.
Diversidade é quando coisas diferentes convivem umas com as outras cada qual no seu espaço. Já a homogeneidade (o que a esquerda defende na prática) é pegar elementos diferentes e misturá-los até formar uma coisa só, uma massa amorfa onde tudo esteja tão misturado que seja impossível diferenciar uma coisa da outra. Para ilustrar, posso citar o caso do "artista" que pintou um quadro da Santa Ceia, onde Jesus e seus discípulos apareciam nus e praticando atos homoeróticos. A desculpa para tamanho desrespeito, mais uma vez, foi a defesa da diversidade. Ora, quando você mistura atos sexuais com símbolos sagrados, a sacralidade é destruída e só o que sobra é a perversão. Nesse caso a luta pela diversidade se transforma em um mero eufemismo para a homogeneização.
O mesmo vem acontecendo na indústria dos quadrinhos e cultura nerd. Para as feministas (e esquerdistas em geral), importa muito mais "desconstruir" (leia-se destruir) os heróis antigos do que criar novos personagens que lhes satisfaçam. A impressão que fica é a de que seu maior objetivo não é a inclusão de mulheres e minorias no mercado, mas sim, obrigar os homens a engolir sua ideologia na marra. E se alguém ousar reclamar, será acusado de "promover a intolerância" ou de "não aceitar as mulheres no mundo nerd" (como se as feministas e seu pequeno grupo de histéricas, representassem todas as mulheres do mundo).
A maior prejudicada nessa história acaba sendo a própria diversidade, já que muitos fãs, por não terem muita familiaridade com a guerra cultural que a esquerda promove, acabam pensando que o problema é a diversidade em si e não as pessoas que distorcem e usam esse conceito como escudo para atacar e ofender brancos, héteros, cristãos e conservadores. Ora, diversidade e representatividade são coisas importantes, o próprio Stan Lee dizia isso. Lee sempre criou personagens de várias etnias, gêneros e culturas diferentes, a diferença é que ele nunca precisou ofender ou insinuar que as pessoas são racistas ou "não-sei-o-quê-fóbicas" pra isso.
É possível criar um herói negro sem matar ou tirar de cena um herói branco, é possível criar uma heroína mulher sem colocá-la no lugar de um personagem homem e é possível criar um personagem gay que lute contra o crime e contra o mal sem ficar insinuando que os leitores padrões são homofóbicos a todo instante. Um bom exemplo disso foi a animação do Super-Choque produzida pela Warner e a DC. O protagonista Virgil Hopkins, era negro, morava em uma comunidade periférica, gostava de RAP e suas aventuras tratavam de temas e problemas recorrentes na vida de jovens negros americanos, como a pressão para entrar no mundo crime e a violência urbana, tudo isso, sem ofender ninguém. Eu e muitos outros garotos não nos importávamos com o fato dele ser negro, simplesmente achávamos ele o máximo, uma espécie de Homem-Aranha da DC, divertido, descolado e engraçado. Se a animação fosse feita nos dias de hoje, Super-Choque seria do Black Live Matters, passaria o tempo todo falando sobre o quanto os cidadãos médios são racistas e atiraria seus raios contra policiais.
Bom, a Marvel Comics já iniciou um movimento que visa trazer os heróis aposentados ou mortos de volta ao mesmo tempo em que tenta reformular seus personagens lacradores, já que os títulos da maioria deles foram cancelado. Porém, talvez seja tarde demais, já que devido à falta de tato e de respeito dos envolvidos no processo, muitos leitores de HQs e consumidores de produtos da cultura nerd olharão desconfiados toda vez que um personagem "diverso" surgir. Isso é uma pena, pois no mundo nerd há espaço para todo mundo, as coisas não precisam se resumir a um jogo de soma zero. A nós, só resta torcer para que a Marvel aprenda com seus erros e consiga fazer no cinema o que não conseguiu nos quadrinhos: trabalhar a diversidade sem ofender ou desrespeitar quem acompanhou e vibrou com as aventuras dos personagens clássicos.
Felipe Branco
Cristão conservador, estudante de direito e aspirante a escritor.