O “amante” pressionou a OAS para contratar empresa do marido da “amante”, revela delator
01/05/2019 às 07:15 Ler na área do assinanteÉ público e notório que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possivelmente mantinha um relacionamento amoroso com Rosemary Noronha.
Sobre o caso, a Revista IstoÉ chegou a publicar uma minuciosa matéria de capa, descrevendo a atual situação da mulher e tratando-a como ex-amante de Lula.
“As novas encrencas da ex-amante de Lula”
Neste início do mês de maio, uma nova nuance do relacionamento Lula e Rose é revelada.
Lula era um amante terrivelmente “canalha”, que ‘usava’ a mulher, mas ajudava o marido, utilizando para tanto o poder que detinha.
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, afirma em sua delação premiada que o ex-presidente pressionou a construtora para que contratasse os serviços de uma empresa denominada New Talent, cujo proprietário era João Vasconcelos, o marido de Rose Noronha, o cônjuge da 'amante'.
O relato do conteúdo da delação foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Veja abaixo:
“O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro disse em seu acordo de delação premiada que foi pressionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a construtora baiana contratasse a empresa do marido de Rosemary Noronha, que foi assessora especial do petista e trabalhou com ele durante décadas.
(...)
Léo Pinheiro afirmou em sua delação que, em 2012, o executivo Ricardo Flores, então presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), lhe pediu para que a OAS contratasse a New Talent Construtora, empresa de João Vasconcelos, marido de Rosemary Noronha, para obras da Invepar, empresa controlada pela construtora baiana. A Previ era sócia da OAS na Invepar.
O ex-presidente da OAS disse que repassou a orientação para Carlos Henrique Lemos, então superintendente da empreiteira em São Paulo. A New Talent Construtora foi contratada para as obras de duplicação da rodovia Raposo Tavares, feitas pela Cart (Concessionária Autoestrada Raposo Tavares). A Cart pertence à Invepar, que reúne os investimentos da OAS na área de transportes. Os serviços realmente foram prestados pela New Talent Construtora.
Em 2014, segundo Léo Pinheiro, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, disse a ele que a New Talent havia tido prejuízo no contrato com a OAS e por isso pediu que a construtora desse uma nova oportunidade para a empresa do marido de Rosemary Noronha.
Léo Pinheiro disse, em depoimento, que novamente conversou com o diretor Carlos Henrique Lemos para que a New Talent fosse mais uma vez contratada pela OAS. Mas a contratação demorou.
O ex-presidente da OAS disse que em outubro de 2014, num encontro com Lula e Okamoto no Instituto Lula, ele foi pressionado pelo ex-presidente da República, que teria se mostrado profundamente irritado com a demora na contratação e disse para que esquecessem o pleito.”
Carlos Henrique Lemos foi cobrado novamente por Léo Pinheiro, segundo a delação, sobre a nova contratação da New Talent. Em 5 de novembro de 2014, o então presidente da OAS reuniu-se com Rosemary Noronha e João Vasconcelos para garantir que as pendências seriam resolvidas.
Antes do ano chegar ao fim, a New Talent assinou contratos com a companhia baiana para realizar obras num empreendimento de revitalização da favela do Real Parque, na zona sul da capital paulista.