Bando de corruptos

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“O Brasil é governado por um bando de malucos, afirma Lula na prisão” é a manchete sensacionalista de hoje (27) da Foice de São Paulo.

Longe do que afirma o ‘Princeps Corruptorum’, o execrável Lula - o político mais corrupto das democracias ocidentais em todos os tempos - o Brasil não é governado por um bando de malucos. Muito ao contrário, possui uma equipe de governo capaz de fazer inveja ao mundo civilizado. O que estraga é a Câmara presidida por Rodrigo Maia, e o Senado, presidido por Davi Alcolumbre, ambos encalacrados com processos no STF.

Mas o Brasil – que não é hoje presidido por um bando de malucos - já foi governado por um bando de corruptos, a maior parte do partido de Lula e já condenados e/ou presos pela Justiça a maioria dos seus membros, inclusive ele próprio, o repugnante canalha Lula. Isto ocorreu exatamente no governo deste verme moral, o entrevistado da Foice que, ao longo de oito anos, criou e gerenciou os dois maiores escândalos de corrupção, antes jamais vistos pelas democracias ocidentais.

Esta entrevista, após autorização da dupla petista Toffoli/Lewandowski, havia sido aberta - num gesto de salutar democracia - à toda a mídia pelo Superintendente da Polícia Federal no Paraná, delegado Luciano Flores Pires.

O petista e cria de Lula, Ricardo Lewandowski, sabedor do gesto democrático de Pires, baixou Portaria impedindo o resto da imprensa brasileira de participar da entrevista, limitando a mesma à Foice de São Paulo.

O que seria uma entrevista, transformou-se em “entrevista”, certamente algo adrede preparado com a assessoria da Foice de São Paulo, antigamente “um jornal a serviço do Brasil”, transformado hoje em “um jornal a serviço do lulopetismo e das esquerdas corruptas, em geral”.

Uma vergonha para o País, por certo, tanto a autorização da entrevista quanto, pior, a sua restrição à Foice. O Brasil certamente é o único país do mundo democrático em que um preso, condenado em três instâncias judiciais, é autorizado a dar entrevista. Pena que Marcola não seja filiado ao PT. Se o fosse, certamente haveria ‘juízes’ no STF dispostos a conceder-lhe direito de entrevista pela Foice de São Paulo.

Vergonha para o País? Sim, mas como vergonha é palavra que Lewandowski e Toffoli não têm em seus dicionários – se é que usam dicionário, duvido – os dois são incapazes deste sentimento profundamente humano e só reconhecido em pessoas de bem: a vergonha.

Fico também sabendo de que a mesma entrevista negada à mídia nacional – e restrita à Foice de São Paulo – fora também aberta ao jornal de esquerda espanhol El País. A que ponto de subversão dos valores democráticos e morais fomos levados por alguns membros do STF – lá colocados por presidentes de moralidade duvidosa (como Temer), ou mesmo bandidos confirmados judicialmente, como Lula.

Tem absoluta razão o ministro Barroso ao verbalizar, como o fez no dia 25 na Universidade de Colúmbia, a vergonha que é nosso STF Tabajara:

"A pergunta que me faço frequentemente é por que o STF está sob ataque, por que está sofrendo esse momento de descrédito. Bem, o que acho que está acontecendo é que há uma percepção em grande parte da sociedade e da imprensa brasileira de que o STF é um obstáculo na luta contra a corrupção no Brasil. Eles sentem que o Supremo frequentemente protege a elite corrupta."

E põe obstáculo nisso. Esses obstáculos na luta contra a corrupção têm nome e sobrenome. Destaques para Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, vergonhas da Nação brasileira.

Como se já não bastasse, conclui Barroso:

"Uma corte que repetidas vezes toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende, aí se tem um problema. Porque autoridade depende de confiança e credibilidade. Se você perde isso, a força é a única coisa que resta".

Concordo plenamente, QUE A FORÇA É A ÚNICA COISA QUE RESTA.

Já deixara isto claro em meu último artigo publicado neste jornal.

Se estas bandalheiras jurídicas, que chegam à suprema vergonha de conceder a um condenado em Terceira Instância o direito a entrevista – restrita a um único jornal nacional e a um estrangeiro – não nos resta opção outra que a força do povo, representada agora pelo único estamento oficial do Estado brasileiro que entende de honra: as Forças Armadas.

Jamais em minha vida advoguei a quebra da Constituição pela força.

Nem em 1964, diante da balbúrdia que visava transformar o Brasil numa Cuba, desejei uma quebra da Constituição. Mas lá as Forças Armadas evitaram o pior, como aprendi com o tempo, pelo único caminho então possível.

Entre a bandalheira reiterada por este Supremo Tabajara e o boicote oportunista e vergonhoso do Congresso às reformas, que não são de Bolsonaro, são do Brasil - e sem as quais o País quebra - e a ruptura constitucional para uma limpeza geral e um grande salto à frente, opto, finalmente e com muita dor, por este último.

Não gosto deste remédio, já falei, como não gosto de quimioterapia para debelar um câncer. Mas quando se está diante da opção: morte, ou quimioterapia, eu optei, no passado já distante, pelo caminho doloroso desta última, que, ao final, salvou minha vida.

Chega de corrupção protegida pela Corte Suprema bichada que, ao contrário do que faz, deveria combate-la.

Chega desta política safada de “articulação”, palavra que substitui “chantagem”, tão insistentemente recorrida por Rodrigo Maia, alcunha “Botafogo” no Departamento de Propina da Odebrecht.

É preciso um basta a esta bandalheira, mesmo que por processo doloroso como uma quimioterapia, que o Brasil não mais aguenta o câncer político-jurídico de que padece.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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