Como explicar para esse menino, que o pai morreu defendendo a mesma sociedade hipócrita que não valoriza a vida dele!
25/04/2019 às 17:06 Ler na área do assinanteNa madrugada de hoje (Quinta feira, dia 25 de abril de 2019), morreu um cara...
Vou chamar ele assim, porque não importa o nome dele, ele faz parte de uma minoria da população que é quase invisível. Ninguém liga!Por que eu iria ligar agora, só porque morreu?
Esse tipo de gente tá sempre pelas ruas incomodando, sabe aquele tipo que as pessoas evitam e nem passam por perto com medo? Então...
Pra você ter noção o quanto ele era insignificante na sociedade, só quem tá choramingando a morte dele na internet deve ser aquele bando de gente que anda igual ele.Dá pena, mas o que podemos fazer se essa é a vida que ele escolheu né? Deveria ter pensado antes de escolher viver assim, com pouco dinheiro, sendo perseguido, odiado, desprezado, deveria ter estudado mais, se formado e ir trabalhar num escritório, num banco, numa sala de aula né? Mas não... preferiu viver pelas ruas, preocupando a família, correndo risco nas madrugadas, no meio da bandidagem, das drogas, dos produtos de roubo, das armas, das munições, dos coturnos, das gandolas, dos coletes, da disciplina, das viaturas, das fardas... :(das fardas... Todo meu respeito pela família do Policial Militar do Rio Grande do Sul, Fabiano Heck Lunkes, só mais um policial morto em confronto com os bandidos e que não será motivo de comoção de artistas, políticos, esportistas e sociedade civil organizada.
Sobre o Caso
O soldado da Brigada Militar (BM) Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, foi morto na madrugada desta quinta-feira (25), durante confronto com a quadrilha que atacou uma agência do Banco do Brasil em Porto Xavier - RS.
Lunkes era natural de Cerro Largo, morava com a esposa Graciela Nedel, e o filho de quatro anos, José Fernando. O corpo do policial tem previsão de chegada em Cerro Largo por volta das 13h para o velório. Já o sepultamento, não tem nada definida, mas segundo amigos, a expectativa é de que ocorra na sexta-feira (26).
— As pessoas precisam saber que ele era um cara que batalhou, colocou a vida dele em troca de salvar muitas pessoas. Que as virtudes dele e coragem não sejam em vão — diz Henrique, amigo da vítima.
Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.