No rastro das asneiras proferidas pelo vice-presidente Hamilton Mourão desde que assumiu o cargo, resta uma dúvida crucial:
A quem serve mesmo Mourão?
E serão mesmo asneiras simplesmente?
Na semana passada a posição mais do que dúbia de Mourão bateu de frente com Carlos Bolsonaro e Olavo de Carvalho.
Bolsonaro e Olavo não pouparam críticas ao vice que por sua vez não poupa o próprio presidente -a quem deveria servir- demonstrando uma estranha e suspeita independência.
Carlos, o 02, afirmou que o cargo de vice ‘caiu no colo’ de Mourão.
Nada mais correto.
Basta lembrar que a figura mais cotada para o cargo era Janaína Paschoal, que acabou não aceitando, abrindo a vaga.
Mourão, além de criticar abertamente Bolsonaro, em seus afagos com a imprensalha que adora, elogia comunistas notórios como Chico Mendes, se encontra amavelmente com lideranças da CUT, critica a despetização da Casa Civil (afirmando que petistas poderiam ser tratados com mais ‘carinho’), é contrário à privatização dos Correios e se auto proclama porta voz de Bolsonaro para ‘coisas que o presidente não pode falar’....
Entre outras quimeras.
Mas o pior é sua critica à ‘polarização’, discurso típico da esquerdalha, onde defende que Bolsonaro deve abandonar a pauta conservadora e se dirigir mais para o centro.
Ora, foi justamente a pauta conservadora que deu a vitória e os votos dos brasileiros à Bolsonaro.
Desistir dessa pauta seria literalmente trair a confiança dos milhões de brasileiros que votaram no presidente.
Seria, numa analogia simples, a mesma ‘Carta aos Brasileiros’ divulgada por Lula logo após ser eleito, onde ele desiste de seu padrão radical, se aproxima dos globalistas e inaugura a maior era de corrupção e roubalheira da história deste país.
Mourão não é uma criança e a treta que arma não parece ser apenas besteira. Parece ser estratégia.
Uma estratégia para formar um governo dentro de outro, para mais tarde tomar o poder.
A simples aproximação com FHC - e os elogios rasgados do ex-presidente ao general - já são bem significativos.
FHC é uma figura nefasta para o país e para a sociedade brasileira.
Mourão, saindo do nada, parece não se conformar em ser vice.
Parece querer ser o numero um.
Se esquece que, para isso, teve zero votos.
Nenhum brasileiro votou em Mourão.
Os brasileiros votaram em Bolsonaro.
E é ele, apenas ele, que queremos como mandatário da nação.
Em tempo: a atuação duvidosa de Mourão fica mais significativa quando consideramos este difícil início do governo Bolsonaro e o momento delicado de aprovação da reforma da Previdência.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.