
Tiro no pé de Dias Toffoli vai doer em Lula
21/04/2019 às 14:10 Ler na área do assinante
A matéria da revista Crusoé que explorava o envolvimento do presidente do STF, Antônio Dias Toffoli, nos e-mails da Odebrecht pouco tinha repercutido. Mesmo entre os obcecados pelo noticiário político, poucos tinham destinado atenção à matéria.
Não fosse a censura imposta ao veículo e o inquérito absolutamente absurdo e ditatorial aberto de ofício pelo ministro, é provável que o assunto dos emails já começasse a esmorecer. Porém, com a atitude pouco inteligente de Toffoli, a repercussão não só da matéria, mas as exigências de todos os setores da sociedade para o esclarecimento do caso se agigantaram.
Por sua vez, a divisão que o caso trouxe dentro do STF, isolando os ministro Alexandre de Moraes e Dias Toffoli do restante do colegiado pode ter fim trágico para Lula.
Dirigentes e parlamentares do PT avaliam que a “cisão” deve impossibilitar um novo julgamento da prisão em segunda instância, adiado pela última vez no dia 10 de abril e até então se nova data. Tudo em função da animosidade criada entre os ministros pelo barraco inconstitucional armado por Toffoli e Moraes.
Sem o julgamento, é mais uma porta da prisão que se fecha pelo lado de fora para Lula. Os otimistas podem ver nisso um copo meio cheio, o lado bom da medida autoritária da dupla censora.