Recuo de Toffoli alimenta um ‘monstro’ e Dodge sofre as consequências
20/04/2019 às 09:22 Ler na área do assinanteO próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ministro Dias Toffoli, que prega um discurso de paz, estabelece o clima de desavenças e enfrentamento em suas atitudes, agindo de maneira absolutamente inconstitucional e, no dizer do ilustre jurista Modesto Carvalhosa, ‘criminosa’.
Afinal, que outro nome se poderia dar a atitude de usurpar prerrogativa exclusiva do Ministério Público, para restabelecer a censura no país?
Acuado, desmoralizado e cambaleante, Toffoli, representado por Alexandre de Moraes, depois de levar uma vexatória reprimenda do decano Celso de Mello, foi obrigado a recuar com relação à censura imposta aos veículos de comunicação.
O recuo do ministro alimentou um ‘monstro’, pois presentemente, tanto o site O Antagonista, quanto a Revista Crusoé se dedicam praticamente a bater impiedosamente no magistrado durante 24 horas por dia, só que agora com muito mais visibilidade.
O ministro, por sua vez, movido por uma ‘suprema’ e indescritível pequenez, certamente para dar demonstração de que ainda tem poder, novamente investiu contra a Procuradora-Geral da República.
Ignorando o parecer de Raquel Dodge, Dias Toffoli liberou o meliante Lula para dar entrevistas.
No entendimento acertado de Dodge, entre as finalidades da condenação de presos está o objetivo de cumprimento da pena "com discrição e sobriedade".
"O fato é que ele [Lula] é um detento em pleno cumprimento de pena e não um comentarista de política", disse a procuradora.
“Conclui-se que a proibição de que Luiz Inácio Lula da Silva conceda entrevistas em áudio e/ou vídeo, apesar de ser restritiva da sua liberdade de expressão, é medida proporcional e adequada a garantir que as finalidades da pena a ele imposta sejam concretizadas, sendo, portanto, compatível com a ordem jurídica do país”, complementou Raquel Dodge.
Toffoli simplesmente ignorou tudo isso e liberou o falastrão.
Agindo assim, vai ele mesmo cavando a sua própria sepultura.