Lava Jato prova que não houve vazamento sobre Toffoli e questiona “isenção“ de seus “perseguidores”

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A força tarefa da Lava Jato tornou pública uma certidão que comprova que os procuradores somente tiveram acesso ao documento de que tratava a reportagem censurada da revista Crusoé mais de duas horas após a matéria ser veiculada, afastando assim a hipótese de vazamento de informações por parte da Lava Jato.

Nos esclarecimentos, os procuradores aproveitaram para dar mais uma “cutucada”, provavelmente no ministro Dias Toffoli, questionando sua “isenção” e classificando as acusações como uma “tentativa leviana de vincular o vazamento a procuradores da FT” e “um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados.”

Confira a íntegra do esclarecimento:

“Diante de especulações que surgiram no noticiário nos últimos dias, levantando suspeitas na tentativa de vincular supostos vazamentos a procuradores que atuam na operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR), a força-tarefa vem a público esclarecer que:

1. Certidão com informações extraídas do sistema eproc pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, disponível aqui, demonstra que os procuradores da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) só acessaram os autos em que foi juntado o documento de que trata a matéria da Revista Crusoé intitulada “O amigo do amigo de meu pai” às 22:04h de 11/04/2019, portanto, após a publicação da notícia sobre o assunto no site da revista e no site O Antagonista. A referida matéria estava disponível, pelo menos, desde às 20:01h de 11/04/2019, conforme pode ser conferido aqui.

2. Portanto, a tentativa leviana de vincular o vazamento a procuradores da FT é apenas mais um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados.

3. Diante do fato de que o documento foi produzido por particular e que a ele potencialmente tiveram acesso várias pessoas, a acusação – infundada, como provado – ignora a participação de outros atores no inquérito. Nesse contexto, a acusação direcionada aos procuradores levanta suspeita sobre a isenção de quem a realiza e sobre a real intenção de quem os persegue.”

da Redação Ler comentários e comentar