A desonestidade e a torpeza da grande mídia no trato com os assuntos polêmicos da semana
17/04/2019 às 15:19 Ler na área do assinanteNos últimos dias vimos a mídia isenta esquerda-afetiva:
1) defender o livre mercado e o aumento do preço do diesel;
2) pedir cadeia (que até então não resolvia nada) para o humorista Danilo Gentili por ter feito piada;
3) ficar em silêncio sobre a censura do STF à revista Crusoé, que citou o ministro Toffoli.
4) não cogitar a hipótese do incêndio na Catedral de Notre-Dame ter sido criminoso, mesmo após 12 casos de ataques a igrejas católicas terem sido registrados na França só em 2019.
Esse pessoal não tem coerência com nada além dos próprios objetivos.
Sobre o aumento do diesel, Bolsonaro foi prudente. Não vetou em definitivo, mas pediu para a Petrobras, que passou mais de uma década patrocinando amigos do governo, convencê-lo de que não há alternativa. Há quem acredite que o desgaste de uma greve nacional de caminhoneiros é melhor do que uma intervenção na economia. É aquele momento em que liberais e petistas dão-se as mãos, ainda que por motivos diferentes.
Sobre Gentili, agora já sabemos que cadeia é o lugar certo para quem agride a sociedade, mesmo se for apenas com xingamento e deboche. É preciso lembrar disso toda vez que alguém chamar os outros de fascistas, nazistas.
Sobre a censura à revista Cruzoé, onde está aquele pessoal defensor da liberdade de expressão, do jornalismo investigativo e crítico? Cadê os fãs do “Jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”? Será que estão com medo de perderem o fiel aliado na suprema corte?
Já o incêndio mostra, mais uma vez, a variação de parâmetros conforme simpatia pela causa. Quando uma mulher é morta, sempre é feminicídio. Quando um gay é agredido, sempre é homofobia. Mas quando uma das igrejas católicas mais importantes do mundo pega fogo na Semana Santa, aí só pode ser acidente. A França ter registado 12 ataques a igrejas católicas neste ano e centenas no ano passado é apenas uma “coincidência irrelevante” que não chama atenção de nenhum jornalista.
da Redação