O caminho sem volta do STF e a reação dos censurados
16/04/2019 às 10:19 Ler na área do assinanteO Supremo Tribunal Federal (STF) vive um impasse consequente das decisões que vêm tomando nos últimos anos; ou os ministros assumem essa atitude de ataque, ou morrem abraçados.
Por isso, não há surpresa na censura das redes sociais e da mídia, afinal, Dias Toffoli, desde que assumiu a presidência do Supremo, já tinha mostrado lado autoritário;
Se analisarmos sem o filtro ideológico, vamos ver o ato de censura da grande mídia liberal, como um ato histórico, decisivo e com um certo teor pedagógico:
Alguns jornalistas irão sentir o que Bolsonaro sente há anos!
Talvez a partir de agora eles entendam quem é o inimigo e escolham entre apoiar o governo, ou apoiar seus próprios inimigos; não há mais o meio termo, ou é pró governo, ou é da turma de Toffoli, Gilmar, Lula, Gleisi, Ciro, Boulos, Freixo, Jean Wyllys, Zé de Abreu, Zé Dirceu...
Quem sabe o Antagonista, MBL e o Villa, (nessa ordem mesmo, e sim, essa é uma previsão sobre as próximas censuras), quem sabe a partir de agora eles assumam uma "estratégia de ação", ao invés de apenas analisarem reações de um governo que está sendo, visivelmente, impedido de trabalhar, por saberem das consequências eleitoreiras das propostas de Bolsonaro. Se fossem propostas ruins para o povo, já teriam o deixado agir e comprovado que foi um erro ter votado nele, seria a única forma de neutralizá-lo para 2022.
Resumo:
Ou o STF aumenta o tom e multiplica o número de censuras, ignorando um dos pilares da democracia e legitimando um "AI5",
ou os ministros baixam o tom e se alinham com o governo para manterem seus cargos.
Um limite perigoso foi ultrapassado e tudo depende da reação dos censurados. Se acatarem a ordem e se calarem, darão poder ao supremo, se não respeitarem as ordens judiciais e promoverem a desobediência civil estarão cometendo um ato revolucionário que pode ser o gatilho que faltava para mudarmos nossa história.
E aí, censurados, irão apenas obedecer?
Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.