O ministro Gilmar Mendes efetivamente acredita no seu poder de persuasão sobre os seus pares.
De fato, durante muitos anos Gilmar manteve sob seu controle o Supremo Tribunal Federal (STF). Nunca ninguém ousou enfrentá-lo.
Justiça seja feita, o primeiro a peitá-lo foi Joaquim Barbosa, que chegou a dizer que não temia os jagunços de Gilmar.
Tempos depois, inexplicavelmente e precocemente, Barbosa pediu aposentadoria e deixou o STF.
Porém, até pela notável impopularidade angariada, o todo poderoso, ao longo do tempo, vem experimentando um inevitável processo de enfraquecimento.
Presentemente, com inimigos por todos os lados, inclusive dentro do próprio tribunal, desmoralizado perante a opinião pública, Gilmar certamente percebeu que sua cabeça está na iminência de ser colocada a prêmio.
Diante disso, pressentiu que necessita de um fato novo para, talvez, serenar os ânimos, sair do foco.
Esse fato novo está bem claro. É soltar Lula e criar uma verdadeira balbúrdia nacional, esculhambando com o país e com as instituições.
Para tanto, o novo pedido de Habeas Corpus do meliante petista, que seria realizado no plenário virtual, com cada ministro votando de maneira isolada, a pedido de Gilmar será levado à sessão presencial da 2ª turma, formada pelo próprio Gilmar, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin, o relator.
Gilmar Mendes acredita que presencialmente tem mais condições de persuadir os seus pares.
Não duvidem, ele vai trabalhar com todas as suas forças para soltar Lula, revertendo a condenação no caso do tríplex.
Caso isto aconteça estará estabelecido o caos.
É o que ele quer.