Indignado, empresário dá esplêndida resposta à cientista social em discussão sobre CLT e relações de trabalho
10/04/2019 às 06:25 Ler na área do assinanteOntem uma moça me perguntou, direto do inbox: "Ícaro, qual é a sua opinião sobre a CLT?".
Disse que é mais vantajoso, tanto para o contratante quanto para o contratado, fazerem as coisas através de duas pessoas jurídicas.
Você tira parte do governo da história, reduz os impostos, mantém a grana na mão de quem produziu e diminui a quantidade de dinheiro retido (corrigido abaixo da inflação) para que os burocratas possam queimá-lo.
A menina começou a me atacar; disse que me admirava, mas que havia visto que eu era só mais um desses "empresários que passavam os outros para trás"; disse que a CLT garantia direitos e estabelecia deveres.
Que, sem ela, o trabalhador estava desprotegido. Que seria assaltado pelo patrão. Nisso vi que já era quase uma da manhã.
Foi ai que, ignorando tudo, perguntei: "Bom, quantas pessoas você emprega?".
Ela disse que nenhuma. Que era cientista social.
Falei que, no ano passado, 77 pessoas comeram porque eu lhes dei trabalho (e não esmola). Que, se cada um for casado, são 150 pessoas.
É comum, aqui no nosso país, enxergar empresário como egoísta, mas a verdade é que o egoísmo está na essência do coração dessa gente.
Eles não empregam, não ofertam, não desenvolvem, não investem. Geralmente vão, do começo da vida, na faculdade pública, até o fim, no concurso da prefeitura, só sugando o dinheiro do contribuinte.
De grão em grão votam e apoiam leis que tolhem ainda mais a liberdade alheia, sempre sem incorrer na menor responsabilidade. Do alto dos seus gabinetes, financiado por gente honesta, grita para os mais pobres o que eles devem e o que não devem fazer.
Com a caneta paga pelo Seu José e com os papéis comprados pela Dona Maria, assinam que os dois são ignorantes demais para saber o que fazem e que eles, os soberanos, devem ser os guardiões do seu dinheiro.
São covardes demais para produzir, então atiçam essa sanha infinita por regular.
(Texto de Ícaro de Carvalho. Empresário)