“Fora Gilmar Mendes”, mobiliza o Brasil! (Veja o Vídeo)
08/04/2019 às 05:45 Ler na área do assinanteUm fato inédito na história da nossa República ocorreu neste dia 07 de abril em centenas de cidades brasileiras.
Uma massa de milhares de pessoas foi às ruas e praças públicas para pedir o impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
De forma espontânea, organizada, sem vínculos com nenhuma entidade ou com instituições, com conduta ordeira, civilizada e democrática buscam a defesa dos interesses institucionais do Brasil, ante a inércia de quem tem o dever de fazê-lo.
Vestindo mais uma vez, verde e amarelo, as cores símbolo da nossa pátria. Em apoio a um sem número de pedidos de impedimentos já protocolados na forma estabelecida na Constituição Federal, pedem a saída desse ministro menor do Supremo Tribunal Federal.
Dentre muitos requerimentos já apresentados pedindo o impeachment de Gilmar Mendes, um em especial, formulado pelo jurista Modesto Carvalhosa, simboliza todos os outros.
E o que motiva um jurista dessa grandeza moral, de renome internacional e milhares de pessoas a saírem às ruas para pedirem a saída de um ministro do Supremo Tribunal Federal?
Será o desrespeito pela instituição? Não!
O fundamento, o estímulo, a razão são justamente o contrário.
Ou seja: o apreço, a reverência, a estima e veneração que têm - e temos - pela Suprema Corte brasileira, uma instituição que tem o dever de ser orgulho da nação. Mas, que entre os seus integrantes, enquanto ministros, há alguns que não honram a toga que vestem!
Em especial um: Gilmar Mendes!
Que manobra, compõe, se porta e age de forma indecorosa, atrevida, autoritária.
Que na condição de magistrado supremo se apequena para dar abrigo a malfeitos e malfeitores, agredindo, contrariando e afrontando o princípio da colegialidade.
Distribuiu decisões enviesadas, contendo aberrações jurídicas, como se fosse um ditador soberano numa república de bananas.
Solta criminosos, protege corruptos e corruptores.
Dá abrigo a comparsas, partidos e agentes políticos encalacrados e envolvidos com corrupção.
Ofende seus pares, enfrenta com ameaças quem ousa lhe fazer frente.
Na vida pessoal, está sob suspeita fundada em fortes indícios, da autoria de práticas não condizentes com a idoneidade que se espera de um magistrado proeminente.
É acusado de exercer atividades empresariais, de manter práticas e vínculos econômicos obscuros com entidades financeiras do Estado e com pessoas e instituições sob sua jurisdição.
Age, articula e se põe em ação, em conluio com outros pares, e com outros “interessados”, sem nenhum escrúpulo ou discrição, para acabar com a operação Lava-Jato.
Não existe outra forma para cortar-lhe as asas ou impor-lhe limites que não sejam os inúmeros requerimentos de impeachment que vêm sendo reiteradamente protocolados, na forma da Constituição, junto ao Senado da República, que é o órgão estatal com competência para conhecer, processar e julgar acusações sérias de má prática de ministros do STF.
Como há uma inexplicável tolerância, que chega a sugerir conivência, daquela casa legislativa em investigar um ministro, não restou ao povo outra opção que não sair para ranger nas ruas e defender o Brasil.
E o movimento não vai parar por aqui! Não vão adiantar encenações de desagravo, levadas a efeito pelo compadrio cúmplice e conivente tentando abafar as coisas ou intimidar as pessoas. É impressionante a força que as coisas têm, quando elas precisam acontecer!
O povo tem sensibilidade, vez e voz! Um órgão Supremo não pode mais abrigar um agente que se porta como um anão moral.
Dando-se lhe o sagrado direito da mais ampla defesa e do contraditório, é a garantia da ordem institucional que todo suspeito seja julgado. Seja quem for! Esteja onde estiver!
Foi, é, e será isso o que uma imensa e esmagadora maioria da nação brasileira quer e foi fazer nas ruas do país neste domingo!
Proteger o Supremo e o Brasil, pressionando o Senado para que a assepsia das instituições não proteja autoridades de má-índole.
Os brasileiros querem um encontro do Brasil com a verdade!
Não há o que temer: se inocente, Gilmar Mendes se engrandece! Se culpado, deve ser sumariamente escorraçado do cargo que ocupa, abrindo espaço para que a decência tome o lugar da indecência.
O Senado não pode se apequenar e nem manter o Supremo sob a mais contundente das suspeitas: de ser um órgão jurisdicional controlado, aparelhado e a serviço de uma minoria que faz mal ao Brasil!
Já me manifestei sobre o assunto antes.
Assista ao vídeo:
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz