31 de março - Comunismo, aqui não... 40 anos depois, o plano macabro de José Dirceu (Veja o Vídeo)
31/03/2019 às 05:23 Ler na área do assinanteO que existe de comum entre o movimento de 31 de março de 1964 e os dias atuais?
Simples: uma vontade soberana do povo brasileiro de seguir vivendo numa pátria livre do comunismo.
Há 55 anos atrás as esquerdas tiveram uma derrota estrondosa. Atuante no Brasil desde 1922 (ano da fundação do Partido Comunista do Brasil), os socialistas defendiam a estruturação do Estado em benefício de três vetores: a organização da classe operária, o controle doutrinário da pequena burguesia urbana e a formação de coletivos de camponeses (as ligas campesinas - atualmente, o MST).
Ocorre que os líderes de esquerda nunca conseguiram se entender. Muitos de boa-fé, a maioria não. Divididos em facções e "tendências", passaram quase um século brigando.
No pré 1964, grande parte da esquerda - por não saber administrar nem uma garapeira - perdeu base de apoio social. Para sobreviver e permanecer no poder pediu e estava em vias de receber o "socorro vermelho" internacional.
O Brasil esteve à beira de virar uma Cuba, ou coisa muito pior. O povo percebeu e foi para as ruas aos milhões na chamada "Marcha da Família com Deus e pela Liberdade" defender a Pátria.
As instituições, as igrejas e a imprensa apoiaram o clamor público (OAB, CNBB, ABI, entre outras). Jango deixa o governo. Se instala o regime militar, com eleição pelo parlamento do Marechal Castelo Branco.
Após anos na oposição, as esquerdas voltaram ao poder em 2002, com Lula, um líder popular mas sem nenhuma formação intelectual, manipulado por José Dirceu - esse sim, um articulista e estrategista refinado.
Dirceu tinha um objetivo: aparelhar as instituições estatais para fazer um grande caixa para instalar o comunismo no país. Elaborou um plano requintado: o mensalão. Foi pego no último degrau da escada, por uma denúncia feita no Congresso pelo ex-Deputado Roberto Jefferson. Já Lula, se instalou no poder para deleite das benesses e mordomias. Juntou-se ao que havia de mais conservador e retrógrado na classe política. Pilhou e deixou pilhar. Conheceu e adorou o pistache. Andava com ginga. Sem talento para administrar maquiou a gestão com o toma lá dá cá, calando oposição e imprensa com a força do caixa e do erário. Impôs Dilma ao sistema.
Porém, a roubalheira, o gigantismo estatal, o aparelhamento e o inchaço da máquina pública e a ineficiência da gestão, não tardaram a aparecer. Novamente há o risco do "socorro vermelho" internacional, com alinhamento do país com o que havia de mais atrasado no continente. A nação percebeu e volta para as ruas, a partir de março de 2013, maciçamente. Dilma cai. Temer balança mas se sustenta no é dando que se recebe.
Diferente de 1964, em 2018 a saída foi pelo voto. Democraticamente. A esquerda berra como bode embarcado, mas está sem moral, sem discurso e sem obra. Fracassou.
O Brasil precisa rever a história, para aprender com ela. 1964 foi uma necessidade de então. Desandou depois? Por suposto: o verdadeiro golpe se deu com o AI 5 em 1968. E depois com o "Pacote de Abril" em 1977. O ideal é que não tivesse sido assim. Mais havia uma guerra do Estado contra o terrorismo comunista, que sequestrava, matava e explodia bombas. Então, amadurecemos na dor.
Hoje somos uma democracia, governada com o respaldo de 57 milhões de brasileiros. O movimento de 1964 redundou nos anos de chumbo. Mas, se não fosse ele, é possível e provável que hoje, ao invés de um governo legítimo, vivêssemos sob a submissão de uma ditadura do proletariado, comandada por meia dúzia de comunistas fanfarrões, a nos impor uma bandeira vermelha decorada com uma foice e um martelo, ao invés do nosso pavilhão verde amarelo.
Assista ao vídeo:
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz