Fernando Haddad prepara caminho para bater em retirada do PT
24/10/2015 às 11:46 Ler na área do assinante
Extremamente insatisfeito com o PT, antevendo que sua permanência no partido irá prejudicar sensivelmente suas possibilidades de reeleição, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, não admite, mas já está em franca negociação para se abrigar na Rede, da ex-candidata a presidente Marina Silva.
Os desgastes sofridos pelo PT, em razão do envolvimento nos escândalos de corrupção como o mensalão e o petrolão, estão minando todas as possibilidades de reeleição de Haddad.
Aliados do prefeito acham que, pelo PT, ele não tem chances de se reeleger e já admitem que Haddad está empolgado com as recentes declarações de Marina sobre a necessidade de um novo "campo de esquerda" no espectro político brasileiro.
Além disso, os melhores quadros do PT, aqueles que não foram chamuscados pelas inúmeras denúncias de corrupção que recaem sobre o partido, estão optando pelo afável abrigo de Marina Silva, ex-petista e ex-ministra do PT.
A intermediação da possível ida de Haddad para a Rede está sendo feita pela educadora Neca Setúbal, ligadíssima a Marina e com quem o prefeito mantém contato desde o período em que ocupou o Ministério da Educação - na mesma época, Marina era ministra do Meio Ambiente do governo Lula.
Uma outra possibilidade, que também vem sendo avaliada pelo prefeito de São Paulo, é a filiação no PSB, cuja legenda já está a sua disposição. Haddad tinha excelente relação com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em agosto do ano passado.
O PT, por sua vez, de olho no orçamento da prefeitura de São Paulo, um dos maiores do país, quer segurar o prefeito no partido. Haddad é a grande esperança de renovação dos quadros partidários. Se conseguir se reeleger, ele se credenciaria até para a sucessão de Dilma Rousseff em 2018, avaliam os petistas.
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