As vezes me pergunto o que faz mesmo um deputado. A resposta fica patente, nas atitudes míopes, cegas, inoportunas, inconsequentes, vexatórias, delituosas, irracionais, alienantes, que geram conflitos e insatisfação popular.
Acaso, este parlamentar representa o povo brasileiro? Seguramente, não, ele é apenas "pau-mandado" de um partido e que faz o que outros fariam no seu lugar, se deixando corromper com atitudes anti-éticas, que fogem ao decoro e que trazem a vergonha e a decepção pública de um mandato que vai do nada ao lugar nenhum.
Não entendo que motivos levam um parlamentar ignorar o "rombo" da Petrobras, as denúncias feitas, até mesmo, a delação oportuna que fez claramente brotar desta fonte amarga, "rios de dinheiro" roubados claramente da estatal, com o aval do PT e do governo brasileiro, com o conhecimento claro e visível de Dilma Roussef, tendo parceiros lamacentos e personagens que hoje fazem parte de uma grande quadrilha que desmontou mais do que uma estatal, e que tem trazido ao povo brasileiro, a realidade nefasta de um país, endividado por culpa exclusiva do próprio governo, que teima em trazer de volta a CPMF, para cobrir os desvios por ele praticados.
Enfim, será que o Deputado Luis Sérgio -PT/RJ, considera que tudo não passa de uma mentira "deslavada", de um caso equivocado, diante de provas claras, evidentes de tráfico de influência, peculato, caixa 2, corrupção ativa, formação de quadrilha?
É pouco tudo isso, diante do "desmonte" da ética e do decoro? O que é ético para um deputado? A sigla? O Partido? As infuências ? O Poder?
Fica aqui registrada, a nossa indignação diante do descaso, da vergonha, da forma ultrajante de representar a coletividade, traindo o povo brasileiro, afirmando o que não é verdade.
É tão fácil dizer que não houve culpados, mas, como entender desvios milionários de cifras e dinheiro da Estatal, depositada em bancos de todo o mundo, e reconduzidas ao pais, pelas mãos do Juiz Sérgio Moro, evidenciando sim, o que já sabemos, que houve propina, gastos exacerbados e gente por todos os lados envolvida, desde Cerveró, Odebrecht, Vaccari, Paulo Roberto Costa, Renato Duque, dentre outros.
Que dizer dos parlamentares citados, a partir da delação de Fernando Baiano, que afirmou que o esquema começou em 2006 no governo Lula, envolvendo os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB), e o ex-ministro Silas Rondeau, que substituiu Dilma Roussef ?
Enfim, até mesmo, cifras foram citadas por Baiano em seu depoimento, que também mencionou a presença de Palocci, que teria recebido 2 milhões de reais entregues por ele a um assessor de Palocci, num hotel em São Paulo pelo doleiro Alberto Youssef, tendo este pedido confirmado em depoimento por Paulo Roberto Costa?
Se o deputado acha que tudo isso é mentira, engodo, fantasia, ele que trate de explicar por que não assume a postura de confessar livremente seu erro , quando defende a inexistência da corrupção no Brasil, uma vergonha !!!
Pio Barbosa
Pio Barbosa Neto
Articulista. Consultor legislativo da Assembleia Legislativa do Ceará