Dodge teve medo de Gilmar, afirma Modesto Carvalhosa
13/03/2019 às 06:53 Ler na área do assinanteCom indignação o jurista Modesto Carvalhosa reagiu a decisão da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, de arquivar o pedido de suspeição do Ministro Gilmar Mendes.
“Deve ser medo. Só isso explica. É o temor de mexer com alguém inimputável. Seria a primeira vez no Brasil que poderia se afastar um ministro do Supremo Tribunal Federal. A nação brasileira inteirinha sabe que o Gilmar não tem condições morais de permanecer no STF, pelos reiterados abusos que ele cometeu em favor de determinados réus”, disse Carvalhosa.
Nas redes sociais, o jurista publicou o texto abaixo:
“A Procuradora Geral da República Raquel Dodge, ao arquivar o pedido do Procurador Deltan Dallagnol pela evidente suspeição do Ministro Gilmar Mendes para julgar casos de Aloysio Nunes e Paulo Preto, mais uma vez prestou um desserviço ao país e reforçou os desmandos que hoje ocorrem no Supremo Tribunal Federal por conta de alguns Ministros - todos alvos de pedidos de impeachment. Principalmente o Ministro Gilmar Mendes.
Este último, simplesmente, para obter a prescrição dos crimes de Paulo Preto, despachou no sentido de que se prorrogassem as provas no processo para que Paulo Preto alcançasse 70 anos antes da produção das provas e assim conseguisse a prescrição dos crimes por ele cometidos.
Este ato, o Ministro mesmo revogou diante do clamor público, pelo despacho em si se tratar de um crime, já que protegia um criminoso evidente!
O despacho da Procuradora é um escárnio ao povo brasileiro.
Todo brasileiro sabe que o Ministro Gilmar Mendes é suspeito no caso do Paulo Preto e do Aloysio Nunes.
Seu despacho não tira a suspeição dele.
Vamos prosseguir com o nosso pedido de impeachment porque é este o remédio mais efetivo para retirá-lo urgentemente do STF: uma medida saneadora, indispensável e inadiável.”