Foram presos na madrugada desta terça-feira (12) o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Segundo a denúncia do MP do Rio, Lessa teria atirado nas vítimas, e Elcio era quem dirigia o Cobalt prata usado na emboscada.
A denúncia ainda afirma que o crime foi "meticulosamente" planejado três meses antes do atentado.
A operação também cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos.
A principal prova colhida pelos investigadores saiu da quebra do sigilo dos dados digitais do PM.
Ao verificar os arquivos acessados por Lessa pelo celular, antes do crime, armazenados na “nuvem” (dados que ficam guardados em servidor externo e podem ser vistos remotamente), eles descobriram que o suspeito monitorava a agenda de eventos que Marielle participava.
Para a polícia, era um indício de que a vereadora estava tendo seus passos rastreados.
Na sequência, um verdadeiro exercício de inteligência foi realizado pela polícia para chegar aos criminosos. Um louvável trabalho de pesquisa.