O contragolpe na Receita já foi dado, garante Gilmar (Veja o Vídeo)

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A limitação da atuação da Receita Federal, para impedir que tome iniciativas no campo da investigação de condutas criminosas, surge como iniciativa de políticos e ministros do STF.

Seria quase desnecessário acrescentar qualquer comentário à informação que, desde ontem, circula nas edições de vários jornais.

É uma daquelas verdades autoevidentes. Tais autoridades não querem ser investigadas. À sombra foram criadas e à sombra vicejou a fortuna de muitos que se tornaram detentores de patrimônio pessoal incompatível com as remunerações do serviço público, a dedicação que exige e as limitações que impõe.

Numa frase que parece saída de um robô esquerdista, daqueles que espera ser automaticamente acreditado naquilo que afirma, por absurdo que seja, assim se manifestou o presidente do STF, ministro Dias Toffoli:

“É extremamente relevante delimitarmos para dar mais segurança jurídica à atuação do Fisco e dos auditores da Receita”. Ah!

Para Gilmar Mendes, a Receita deve priorizar o Fisco como atividade essencial e não desvie sua atenção para outras coisas. No entanto, a conduta mais proativa da Receita Federal foi importante para o deslinde de casos de corrupção e lavagem de dinheiro e é importante meio para o enfrentamento desse tipo de crime em muitos países.

Aqui, bastou que a água batesse no queixo de quem não devia para imediatamente surgirem reações para “estancar a sangria”, se o ex-senador Romero Jucá me permitir usar esse flagrante de sua sinceridade.

Veja o vídeo:

Foto de Percival Puggina

Percival Puggina

Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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