"Bebianno nunca foi flor que se cheire", diz Renata Barreto

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Gustavo Bebianno já me preocupava antes mesmo da campanha eleitoral começar. Nunca foi flor que se cheire. Mas Bolsonaro e companhia sabiam disso e mesmo assim optaram pelo PSL com articulação feita por ele. Era um risco que sabiam que iam correr, andar com gente que tem "problema" escrito na testa nunca é algo tranquilo.

Nem por isso acho correta a atitude do Carlos, vazando os áudios como se o governo do pai dele fosse um reality show, sendo repostado pelo próprio Presidente. Roupa suja se lava em casa e essa mania de expor tudo custe o que custar pode acabar sendo um tiro pela culatra em algum momento. Afinal, quem manda nessa porcaria? É um governo que resolve os problemas e depois comunica, ou um que expõe suas falhas de maneira infantil?

Hoje deve sair a exoneração de Bebianno, que não é uma coisa ruim, per se, mas a notícia de que a ele teria sido oferecido um cargo em estatal, preocupa. Ele, claro, já disse que vai cair atirando, que tem "documentos" que podem mostrar coisas ruins de Bolsonaro, chamando-o ainda de "louco", pedindo desculpas por tê-lo ajudado a se eleger. É claro que ele vai tentar se fazer de vítima e manchar a reputação do Presidente e da família que, em sua concepção, o traiu.

A suspeita das candidaturas laranja devem ser investigadas com todo o rigor da lei. É preciso que o governo seja maior que o partido, diferentemente do que aconteceu nos últimos 16 anos. Se querem governar pelo exemplo, a exoneração está mais do que correta, o problema é o modus operandi até chegar nisso.

Nada pode atrapalhar a aprovação da reforma da previdência. Então que se resolvam, se acertem e aniquilem a fofoca, comunicando de maneira eficiente e madura o que se passa.

Seguimos.

(Texto da economista liberal Renata Barreto, publicado nesta segunda-feira (18) em seu Facebook).

da Redação Ler comentários e comentar