Universidades versus Brasil: uma guerra declarada (Veja o Vídeo)
Do papel do MEC na Defesa Nacional
02/02/2019 às 08:52 Ler na área do assinanteEstá em curso nesse momento uma declarada guerra das Universidades (de alguns de seus setores) contra o Brasil.
Sabemos que por muito tempo as Universidades têm sido uma fonte de resistência ao progresso e à prosperidade, com seu reiterado ataque às Instituições e aos valores que pavimentaram o caminho para nosso progresso civilizacional. Sua abjeta rejeição ao empreendedorismo, à economia de mercado (fonte de riqueza e bem estar), à meritocracia, aos valores cristãos, ao Ocidente em geral, etc, tem promovido diversos flagelos sociais e econômicos. Abordei muitos desses problemas em outros artigos, por exemplo, aqui no Jornal da Cidade Online (de tal forma que não voltarei a eles):
Assim, embora seja notório que as Universidades são, hoje, uma ameaça ao bem estar público, a deflagração da guerra contra o Brasil, contra a sociedade brasileira, ocorreu em nível nacional nessa segunda-feira, dia 28 de Janeiro de 2019.
Em evento promovido pela Associação nacional dos Docentes das Instituições de ensino Superior (ANDES-SN), os participantes cantaram não o nosso Hino Nacional, mas o hino da União Soviética, o mesmo que costuma ser entoado por movimentos comunistas, socialistas e anarquistas.
Ou seja: a “elite” de nossas Universidades assumiu escancaradamente sua rejeição ao Brasil e à sua população (aos seus valores, às suas Instituições, etc). Não apenas ao Brasil e ao nosso povo, mas a tudo aquilo que seja fonte de progresso social e econômico (com seus ataques ao liberalismo e aos valores conservadores, por exemplo).
E ainda aproveitaram, como já era esperado, para promover a criminalidade (e o desprezo pelo nosso sistema legal) com o mantra “Lula livre”. Afinal, essa mesma esquerda que hoje domina as Universidades tem um doentio fascínio por criminosos (como nosso ex-presidente e atual presidiário), terroristas (como Cesare Battisti), dissolutos, vagabundos, toxicômanos, etc. Ou seja: ela enaltece todo aquele cujo comportamento é causa de dissolução social, o que deixa transparecer seu propósito: causar a barbárie.
Além da rejeição ao Hino Nacional Brasileiro (um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil), ou seja, do desprezo pelo Brasil e por suas Instituições, o tom autoritário e ameaçador do evento está expresso em sua pauta, que inclui “resistir ao governo Bolsonaro”, “centrar na reorganização da classe e no embate”, “barrar as privatizações”. Envolve, também, o fomento de uma “campanha urgente contra a direita, através da proliferação dos comitês de luta contra o golpe e contra os fascistas, levantando a bandeira da liberdade para Lula”. Falam também em uma “frente de luta que coloque em movimento uma mobilização contra os fascistas da ‘escola sem partido’”. E, claro, há (em substituição ao “fora Temer”) o “fora Bolsonaro”, isto é, a violenta rejeição da vontade popular expressa no resultado das eleições presidenciais de 2018.
Ou seja, trata-se de um discurso de ódio, com vistas à dissolução de nossas Instituições, da própria Universidade, aliás, a qual passou a ser instrumento para a defesa de ideias que não são oriundas da sociedade civil, de suas demandas, mas de alguns pequenos grupos parasitariamente aderidos às nossas Universidades, especialmente nas ‘humanidades’, na administração e nos sindicatos.
Em verdade, penso que a agenda expressa nesse evento sequer corresponde ao que a maioria dos professores supostamente representados por esse sindicato deseja. Imagino que os bons professores apenas desejem avançar em suas áreas, promovendo a pesquisa e o ensino. O que esse evento está fazendo, em contrapartida, é atender a uma agenda particular, totalmente desvinculada daquilo que realmente importa para a qualificação de nossas Universidades.
Falam em “embate”, “luta”, e outras ações cujo propósito é causar o caos, a desordem, a dissolução de nossas Instituições (inclusive da Universidade mesma) e valores (liberdade e democracia, por exemplo). Insistem em descrever como inimigos (“fascistas”) todos aqueles que discordam de sua pauta. Falam, inclusive, em criar “comitês de luta” contra aqueles que a eles se opõem.
Penso que se lhes fosse possível construiriam ‘paredões’ nos Campi universitários para que os “fascistas” (todo aquele que não está alinhado com sua ideologia estulta e fracassada, o que inclui liberais e conservadores) fossem fuzilados. Alguma dúvida?
Então apenas lembrem-se do discurso do professor da UFRJ, Mauro Iasi (do PCB e ex-petista):
“Ao conservador, estamos dispostos a oferecer um bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa espingarda, com uma boa bala. E vamos oferecer-lhe depois uma boa pá, uma boa cova. Com a direita e o conservadorismo, nenhum diálogo. Luta”.
Suas palavras (de 2014) estão inextricavelmente alinhadas com o espírito do que nesse momento está ocorrendo no evento promovido pela Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Na verdade, tais palavras estão em acordo profundo com a mentalidade que hoje administra nossas Universidades. Protegidos por elas (por suas administrações, departamentos e sindicatos), temos professores fazendo incitações ao estupro, à agressão, ao assassinato, etc, de todos aqueles considerados ou liberais ou conservadores. Sem falar em sua promoção da desordem, do vandalismo, etc.
É isso ensino “superior”?
Certamente, não. Trata-se da mais repulsiva instrumentalização (prostituição) da Universidade para fins que lhes são totalmente alheios e, mesmo, contrários: estultificação, desordem, dissolução do tecido moral social ... barbárie.
Em suma, os bárbaros tomaram nossas Universidades e as transformaram em “máquinas de guerra”.
Guerra contra o progresso. Guerra contra a prosperidade. Guerra contra a civilização. Guerra contra o Brasil.
Não obstante, se havia alguma sutileza nessa guerra, ela agora foi declarada publicamente, de tal forma que se tornou inegável que as Universidades (especialmente a partir e suas administrações, de seus sindicatos e de suas ‘humanidades’) estão em manifesto conflito com o progresso, com a prosperidade, com nossos valores e, como resultado, com a sociedade brasileira.
Na verdade, essa deflagração era esperada. Trata-se de um desdobramento dos eventos sobre o “golpe”, bem como do explícito apoio institucional dado por nossas Universidades (com o apoio de parte de nosso Judiciário) ao candidato do PT à presidência (com faixas, cartazes, etc, espalhados por diversos Campi universitários), assim como dos ataques, ainda no decorrer do processo eleitoral, ao candidato eleito.
Nesse sentido, providências como as recentemente anunciadas pelo novo Ministro da Educação são não apenas apropriadas: elas são sobretudo necessárias, não apenas para que nossas Universidades sejam resgatadas dos bárbaros que hoje se encontram intramuros, mas para que nossa sociedade encontre, finamente, o caminho da prosperidade. Afinal, a Universidade pode ser ou causa de dissolução ou causa de prosperidade. Dado que hoje ela é causa de degenerescência, são necessárias ações que a retirem dos bárbaros, para que ela possa ser redesignada para seu propósito primordial: o avanço do conhecimento e a consequente prosperidade.
Assim, medidas como, por exemplo, fazer algo que a esquerda abomina, a saber, seguir a lei (Lei 9.192/1995) e escolher os futuros reitores, bem como intervir nas Universidades para assegurar a ‘liberdade acadêmica’ e o fim da ‘libertinagem acadêmica’ (como a que está ocorrendo agora nesse evento da ANDES-SN) e, claro, fomentar pesquisas que tragam avanços sociais, econômicos, etc, devem ser adotadas urgentemente. Não apenas isso, a Universidade deve ser a esfera do ensino “superior”, o que significa que ela deve absorver especialmente a elite intelectual (o que não significa elite econômica), a qual deverá ser formada a partir de uma qualificação dos ensinos fundamental e médio (algo que também faz parte da agenda do atual Ministro da Educação).
Em suma, nessa guerra declarada das Universidades contra o Brasil é preciso que o Ministério da Educação assuma, intrepidamente, o seu papel na defesa Nacional contra as ameaças que vêm de nossas Universidades. Tal intervenção é condição sine qua non da prosperidade.
(Texto de Carlos Adriano Ferraz. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito)