A defesa do Brasil nas mãos do general Fernando Azevedo e Silva

08/01/2019 às 08:09 Ler na área do assinante

Com o devido respeito aos civis que ocuparam o cargo de Ministro da Defesa do Brasil, fica difícil entender como uma função, cujo exercício é zelar pela defesa da pátria, dos poderes constitucionais e pela garantia da lei e da ordem, não seja entregue a um profissional da área - no caso um militar-, que é quem, realmente, é especialista no assunto.

Saliente-se que em nosso panorama histórico (da constituição de nossas Forças Armadas até o momento atual), há uma relação intrínseca entre esse setor e a vida política da nação, de modo que a participação dos militares é patente, inclusive na defesa das liberdades democráticas e no cumprimento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Para tanto, criou-se o Ministério da Defesa, que é o órgão do Governo Federal incumbido de exercer a direção superior das Forças Armadas brasileiras e as suas relações com outras áreas do Estado, abrangendo, sob sua responsabilidade, uma vasta e diversificada gama de assuntos, dentre elas o estabelecimento de políticas ligadas à defesa, à segurança do país e à implementação da Estratégia Nacional de Defesa (END), lançada em 2006 e atualizada em 2012. Também fazem parte do seu escopo de atuação temas como o Serviço Militar e o Orçamento da Defesa, além das operações militares e a cooperação do nosso país junto às demais nações.

Para comandar tudo isso, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o general de quatro estrelas Fernando Azevedo e Silva, que durante a campanha o ajudou a formular algumas propostas do seu programa de governo.

Os dois se conhecem desde a década de 1970, na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro. Trata-se, portanto, do 12º ministro da Defesa e o 2º militar a assumir esse cargo, desde a criação desse ministério.

Experiente nas relações com o poder, o novo ministro da Defesa foi ajudante da presidência da República entre 1990 e 1992. Em 2002 foi chefe da assessoria parlamentar do Exército e, no governo seguinte, atuou na reforma da Previdência, defendendo os projetos de interesse dos militares.

Devido ao seu relacionamento com as instituições políticas e demais órgãos governamentais, o novo ministro se tornou conhecido pelos congressistas como o mais político dos generais, segundo o depoimento de vários dos seus colegas ao jornal Valor Econômico. Foi também o mais influente executivo da Autoridade Olímpica durante o período da Copa do Mundo. Seu último cargo na ativa foi o de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, órgão ligado ao ministério que agora passa a comandar, centralizando, sob sua autoridade, a coordenação militar dos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Tão logo passou para a reserva, foi chamado para assessorar o Supremo Tribunal Federal (STF) em temas relacionados à segurança pública. No comando desse importante órgão, criado em 10 de junho de 1999, em substituição aos ministérios militares (Marinha, Exército e Aeronáutica), sua principal função será estabelecer políticas ligadas à defesa e à segurança do país. Dirigido por civis desde a sua criação, esse ministério passou a ser comandado, no final do governo passado, pelo general de exército Joaquim Silva e Luna, outro destaque do nosso exército-, e agora pelo general Fernando Azevedo e Silva.

Sua ascensão à pasta da Defesa foi apoiada pelo povo e por todos aqueles que querem ver as estrelas da paz brilharem nos céus do Brasil.

Como se sabe, a eleição presidencial de 2018 foi marcada por um protagonismo inédito dos militares na vida política da nação.

Com a vitória do atual presidente, do seu vice, general Antonio Hamilton Mourão e de mais 104 militares para o Senado, Câmara e Assembleias Legislativas, tornou-se evidente que o povo brasileiro exige mudanças. O índice de sucesso dos militares na política aumentou de 1,7%, em 2014, para 6%, em 2018, além da participação das Forças Armadas na manutenção da lei e da ordem no Rio de Janeiro e agora no Ceará, por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, atendendo solicitação do governador desse estado.

Segundo os biógrafos dos grandes homens, todos os grandes líderes sobressaem na autoconfiança, motivação, empatia e sociabilidade, além de liderança participativa no estabelecimento de estratégias e objetivos. O novo ministro da Defesa possui todas essas qualidades, com destaque para a escolha dos que irão auxiliá-lo nessa importante missão: chamou para secretariar os trabalhos do seu ministério o bravo e competente Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, que comandou o 2º Distrito Naval sediado na Bahia, distinguindo-se como um dos melhores comandantes que essa importante unidade militar já teve, ao ponto de ser reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, com o Título de Cidadão Baiano e com a Medalha Dois de Julho, a mais alta condecoração que a Bahia pode oferecer a uma pessoa, bem como com o Título de Cidadão da Cidade do Salvador e a Medalha Thomé de Souza, símbolo de nossa independência, soberania e integridade nacional.

Considerando os desafios que se nos apresentam, principalmente nas áreas da segurança e da paz social, o ministro tem todas as qualificações para enfrentá-los, tanto no campo das prioridades pessoais e institucionais, como no dessa importante pasta, pois, a partir de agora a defesa do Brasil está em suas mãos.

O presidente Jair Bolsonaro está de parabéns pela escolha. Para o Brasil, não podia ser melhor.

Baltazar Miranda Saraiva

Desembargador. Presidente da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) e membro da Comissão de Igualdade do TJBA, do Conselho da Magistratura TJBA, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), da Sociedade Amigos da Marinha (SOAMAR) e Vice-Presidente Social, Cultural e Esportivo da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (ANAMAGES)

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