A campanha terminou e a imprensa militante não aprendeu nada...
04/01/2019 às 08:08 Ler na área do assinanteQuem assistiu aos discursos de posse do Presidente Bossonaro, se de olhos fechados estivesse, acreditaria estar ouvindo Churchill falando aos ingleses - líder dotado de personalidade forte e de marcante coerência conceitual. Ao exemplo dele, Bolsonaro se expressou como quem sabe o que quer e sabe querer.
Entretanto, esta impressão não foi compartilhada pela imprensa (mesmo as menos preconceituosas a ele) ignorou o valor da coerência e a coragem de reafirmar as suas propostas de governo, sem a preocupação de agradar. Segundo a mídia, o discurso que ganha eleição não deve ser o mesmo para governar. Gostariam, segundo suponho, que as promessas de campanha tivessem sido somente para angariar votos.
Talvez tivessem alimentado a ilusão de que o Presidente Bolsonaro, votos contados, ignoraria ter sido eleito para salvar o Brasil do caminho do socialismo e que o mérito e não o coitadismo se tornassem a régua de premiação ao estudo, ao trabalho, à honestidade e à poupança. Aí a decepção! Em vez de um deixa pra lá, como se promessa não fosse dívida, ouviram um político reafirmando com ênfase as suas propostas sem medo e com a coerência de quem fala com responsabilidade e domínio conceitual.
Estavam enganados. Foi esta coragem e coerência que venceu as eleições e o fazem hoje merecer a esperança da maioria da nação. Nada mais natural! Pois, como confiar em alguém incoerente? Como apostar em quem não defende as suas ideias de peito aberto?
Não foi a coerência de Churchill que lhe garantiu o apoio dos londrinos mesmo só tendo como proposta: “sangue, suor e lágrimas”? não foi a sua pregação de “ser a coragem a primeira das virtudes, pois sem ela nenhuma outra sobreviveria”? Não foi a sua demonização do nazismo, resultado de duas desgraças: o nacionalismo e o socialismo, que salvaram a humanidade do caminho da servidão - vislumbrado por Hayek?
Felizmente, de olhos abertos vi não ser Churchill, mas um presidente eleito com meu voto, propondo, sem luvas de pelicas, livrar o Brasil do caminho do nacional-socialismo, da corrupção e do burocratismo que fizeram do elogio à ignorância uma virtude e do mérito um pecado da ganância.
(Texto de Jorge Simeira Jacob)