A baderna e a indecência do empreguismo público de ex-políticos
03/01/2019 às 11:36 Ler na área do assinanteMichel Temer, no apagar das luzes, nomeou o ex-ministro Carlos Marun para o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional, até 2020, com salário de R$ 27 mil. Uma vergonha que Bolsonaro tem de mandar anular.
Carlos Marun é um grande cara de pau! Deveria ter vergonha de viver sempre do empreguismo público.
Pertence ao clube daqueles que só querem obter vantagem da coisa pública. Os seus canudos de cursos superiores não lhe deram competência para trabalhar na atividade privada. Marun é apenas mais um espertalhão a tirar proveito da coisa pública.
O presidente Jair Bolsonaro tem que mandar anular essa pouca-vergonha presenteada pelo ex-presidente Temer, bem como revogar todos os atos de nomeação aos quadros de conselheiro das estatais e congêneres.
O conselho das estatais deveria ser exercido, em número reduzido, apenas por profissionais especializados que não exerceram mandatos políticos ou por empresas gabaritadas, como a Fundação Getúlio Vargas.
O país precisa mudar o quadro imoral do empreguismo de ex-políticos. Essa sinecura de conselheiros de estatais e congêneres, altamente remunerados, em um país de miseráveis e de mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados e endividados, não pode mais prosperar.
Da mesma forma tem que ser impedido que ex-políticos exerçam funções nos Tribunais de Contas: ministros e conselheiros. Essas atividades deveriam ser exercidas exclusivamente por auditores concursados.
Espera-se que o presidente Jair Bolsonaro mude o perfil do empreguismo na área pública, e que a nomeação do espertalhão Carlos Marun seja revogada.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor (federal) aposentado.