Economista rebate deboche de Haddad a Bolsonaro sobre salário mínimo

03/01/2019 às 06:56 Ler na área do assinante

Mal começou o ano (e o mandato do novo Presidente), a desinformação já está correndo solta. A bola da vez? O salário mínimo.

Fernando Haddad, candidato derrotado do partido que assaltou o país, resolveu ironizar: "povo começou a se libertar do socialismo: salário mínimo previsto para R$1006,00, foi fixado em R$998,00. Sem coitadismo. Selva!"

Haddad sabe que o salário mínimo segue uma regra, assinada na época de Dilma Rousseff, em que se leva em consideração o PIB de dois anos antes e a inflação do ano anterior (usando o índice INPC). Mas pra ele, desde sempre, o que importa é mentir e manipular. O valor divulgado de R$1.006,00 era apenas uma PREVISÃO, de acordo com a expectativa de inflação. Como a inflação foi menor do que o esperado, também ficou menor o salário mínimo. Todo esse orçamento foi aprovado no governo Temer, apenas assinado pelo novo Presidente.

Todo liberal sabe ainda que não adianta aumentar o salário mínimo na canetada, o que gera mais desemprego. É preciso melhorar as condições gerais da economia, de empregabilidade e educação. Muitos países desenvolvidos não tem nem mínimo estipulado, mas ganham muito mais que os brasileiros.

Os próximos anos serão recheados de manipulação da informação e mentira deslavada. Antes de saírem por aí divulgando as coisas, confiram bem. Nunca antes o senso crítico teve tanto valor.

(Texto da economista Renata Barreto, publicado no Facebook)

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