A verdade não contada sobre a liminar de Toffoli: a conversa entre o ministro e o general

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Por iniciativa própria, o ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Tóffoli, não teria cassado a liminar do colega Marco Aurélio Mello que tiraria da cadeia o presidiário Inácio Lula e outros 200 presos condenados em segunda instância, ainda neste Natal.

Toffoli, foi instado pelo porta-voz de um colegiado de 15 generais, que se articularam, às pressas, por vídeo-conferencia (porque nem todos eles se achavam em Brasília) para pressioná-lo no sentido da imediata cassação da liminar de Mello. Alegavam os generais que a sobredita medida, além de causar revolta popular, provocaria uma séria de distúrbios e badernas no País inteiro.

O presidente do STF tentou resistir, argumentando que a suspensão da liminar poderia ser apreciada na primeira plenária do STF, em de fevereiro de 2019, quando estaria findo o recesso na Corte.

- Enquanto isso, ministro, o Brasil estaria mergulhado na anarquia e na baderna... – rebateu o porta-voz. É isso o que o senhor quer?
- Bem... é que...
- O Senhor assumirá os riscos de todos os atos decorrentes disso tudo. Inclusive, o de uma possível intervenção no STF...
- Mas, isso não pode!
- Pode. Para nós, pode. Tanto assim é, que já estamos preparados para isso.

Minutos depois desse dialogo, travado em tom amistoso e cordial. Dias Toffoli, anunciou, meio constrangido, a medida que acabou com a euforia da esquerda e a alegria das facções marginais e da bandidagem organizada, cujos líderes encontram-se encarcerados pelo Brasil afora.

Marco Aurélio Mello, o autor oportunista da polêmica liminar, esperou até o penúltimo minuto da última sessão da Suprema Corte, para lançá-la à indignação nacional.

Cinicamente, com aquela sua vozinha de quem está padecendo de uma contumaz prisão-de-ventre, ele resumiu: “Agi de acordo com a Constituição”.

No seu torto entendimento, Mello pode até ter se baseado na Carta Magna. Mas, o seu propósito, está patenteado na seguinte suspeita: tumultuar a introdução do novo governo na República brasileira. Ele pretendeu (admita-se, em comum acordo com as esquerdas) provocar uma “reação irada” do presidente a ser empossado em janeiro, Jair Bolsonaro.

Inácio no oco do mundo, bandidos outros festejando à seu modo, a liberdade... e a anarquia reinando nas ruas. Belo início de governo seria para o presidente Jair!

Bolsonaro não terá vida fácil. Ainda bem que as Forças Armadas estão com ele. Agora, mais prestigiadas e mais estimuladas.

(Texto de Aílton Villanova. Jornalista)

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