Conflito no MP: Intervenção Federal urgente em Campo Grande!

Duas instâncias do Ministério Público Estadual caminham em direções opostas, estranhando-se, confundindo a lei e a população num dos casos mais bizarros e escandalosos da história jurídica de Mato Grosso do Sul. 

Um MPE, depois de mais de um ano de investigação,

aponta que houve um golpe político pra cassar o prefeito eleito Bernal e que vereadores foram comprados e locupletados por uma organização criminosa, encabeçada pelo empresário João Amorim. E com base nisso, pediu afastamento de 17 vereadores e a prisão de parte da organização ocorrida nessa semana, num claro esboço de deter provas incontestes pra tal medida. 

O outro MPE abriu, nesta Sexta, dia 2 de Outubro, no dia da prisão de Olarte, ação civil pública por ato de improbidade administrativa com pedido de antecipação de tutela, ou seja, afastamento imediato de Bernal.

O motivo é um dos mesmos que o catapultaram do poder em março de 2014, reiterando, justificando e abonando, assim, a Câmara dos Vereadores de seu ato que destituiu Alcides Bernal da Prefeitura de Campo Grande. 

Portanto, estamos diante de um confronto titânico de representações do MPE. 

E agora, como entender esse balaio de gato? 

Se houve um golpe político, como aponta um MPE, isso implica dizer que essa “improbidade administrativa”, apontada pelo outro MPE foi somente um engodo necessário, um pano de fundo pra consumação da cassação de Bernal. É um caso complicadíssimo que está deixando a população perplexa. 

Agora se essa ação do MPE configura uma resposta, um revide orquestrado pela organização criminosa que já mostrou que tem seus tentáculos em todos os setores da sociedade principalmente no judiciário e no MP, estamos diante de uma grave crise institucional dos poderes jamais vista, o que poderá levar uma possível intervenção federal no município, tendo em vista todo prejuízo que a cidade tem absorvido em todo esse processo. 

É muito lamentável o que está ocorrendo na Cidade Morena.

Raimundo Edmário Guimarães Galvão

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