Os Generais de Bolsonaro: o aprendizado e a capacitação

22/12/2018 às 08:00 Ler na área do assinante

Grande parte da imprensa nacional está impressionada com a qualificação técnica e profissional dos Generais escolhidos pelo Presidente eleito Jair Bolsonaro.

Ora, desde o chamado fim do “Regime Militar”, 1985, a imprensa nacional, em razão de preconceito e revanchismo, jamais se preocupou em estudar a vida da caserna, ao contrário, somente enxovalhou e discriminou os militares perante a sociedade civil.

No entanto, as Forças Armadas continuam as mesmas de sempre, com oficiais altamente preparados intelectualmente. Passam a vida estudando. Iniciam a vida estudantil militar, com 17 e 22 anos nas escolas de preparação para as Academias Militares.

Nas Academias Militares (do Exército, Marinha e Aeronáutica), passados 4 anos de intensos estudos, são graduados Aspirantes oficiais e designados para os diversas recantos do País.

O ensino nas Academias Militares é baseado em conceitos metodológicos modernos, buscando o desenvolvimento de competências indispensáveis para os “Líderes da Era do Conhecimento”. Na AMAN, Escola Naval e Academia da Força Aérea são desenvolvidas as habilidades e atitudes dos cadetes, forjando-os por valores cívicos e morais e pelas raízes históricas e tradições das Forças Armadas. É nas Academias que os futuros oficiais desenvolvem suas virtudes militares, tornando-se profissionais identificados com os mais nobres sentimentos de “servir” à Nação Brasileira.

Como capitães, todos os oficiais são obrigados a realizar um Curso de Aperfeiçoamento da doutrina militar moderna (a pós-graduação em ciências militares). Já como Major ou Tenente-Coronel, àqueles que optarem, após passarem por um rigoroso concurso interno (prova escrita), estão aptos a cursarem o mestrado e doutorado em ciências militares juntos às escolas de Comando e Estado Maior das Forças.

Nas escolas de Estado Maior, os oficiais são preparados para o comando de grandes unidades. São obrigados a estudar e falar, no mínimo, dois idiomas estrangeiros. São preparados, além da doutrina militar moderna, em administração, direito, economia e altos estudos de política internacional.

Assim, nós que jamais desprezamos e conhecemos o ensino militar, não nos surpreendemos com a alta capacitação dos Generais indicados ao Governo Bolsonaro.

(Texto de Paulo Fetter. Advogado)

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