Filha de Lula dá início ao vitimismo: “ele parecia uma criança pedindo colo”
17/12/2018 às 06:15 Ler na área do assinanteCom mais uma denúncia e agora oito processos em tramitação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em três estados – São Paulo, Paraná e Brasília – a sua defesa já percebeu que a única chance de tirar Lula da cadeia é a mudança do regime prisional. Pelo menos, José Roberto Batochio tem isso bem claro.
Como justificar o pedido de prisão domiciliar?
A estratégia é a vitimização. Transformar Lula num septuagenário deprimido, sem condições de continuar sendo submetido às agruras de um regime de prisão fechado.
Nesse sentido, uma comissão de senadores do PT e partidos agregados, pretendia fazer uma visita ao ex-presidente na semana passada, sob a argumentação de que iria verificar as condições em que ele se encontra preso. Era este o início do plano, frustrado pela juíza Carolina Lebbos, que proibiu a visita.
Diante disso, é necessário que se encontre outras maneiras de transformar o meliante petista em uma vítima do encarceramento.
Com esse objetivo, a Carta Capital, veículo de comunicação com ligações umbilicais com o PT, publicou neste domingo (16) uma longa entrevista de Lurian Cordeiro Lula da Silva, a filha de Lula e Miriam Cordeiro.
A moça dá início a uma entediante narrativa sobre o sofrimento e a indignação do pai.
No momento crucial da entrevista ela diz o seguinte:
Só fiquei preocupada mesmo com ele no dia desse último depoimento. Estava irritado, triste, tudo. E constrangido pela forma como ela (a juíza Gabriela Hardt) o tratava. Nem sei se a palavra é constrangido. Estava indignado e surpreso. Triste por ver a capacidade de um ser humano, uma mulher jovem, tratar um senhor de 73 anos daquela maneira. Quando o Batochio fala que precisava ir embora e meu pai diz “me leva com você”, ele parecia um cachorrinho… Cachorrinho, não. Uma criança pedindo colo.
Você ficou com pena?
É… Parecia aquela brincadeira com um fundo de verdade. Meu pai transforma dor em humor de um jeito muito fácil. Ele não precisa de médico nem psicólogo, mas ninguém está bem ali dentro, né? Sabe que isso vai acabar uma hora, só não sabe quando. A gente não tem o direito de passar para ele qualquer sentimento de pena, temos de levar as melhores notícias.
Brevemente, aquele homem valente, a “jararaca”, vai dar lugar a um ser triste, envelhecido e deprimido.
Assim, os seus defensores irão implorar pela prisão domiciliar.
Quem viver verá!
da Redação