Olarte, a caminho do 'xilindró', a opção que lhe resta é a delação premiada

02/10/2015 às 07:03 Ler na área do assinante

O sujeito recebeu o convite para ser candidato a vice-prefeito na chapa do então deputado estadual Alcides Bernal. Seria uma disputa difícil, renhida, complicada, mas que já apresentava Bernal como líder absoluto, condição que ele nunca perdeu, a não ser em algumas pesquisas fabricadas, encomendadas por André e Giroto.

Olarte pediu tempo para pensar sobre o convite. 

Foi o tempo de ir até o Parque dos Poderes conversar com André Puccinelli sobre o assunto. Nessa conversa, começou a se desenhar o golpe.

Com a vitória de Bernal, o vice começou a operar, trabalhava vinte e quatro horas por dia tramando e conspirando contra o prefeito eleito.

Auxiliado por um outro pastor, o estelionatário de nome Ronan Feitosa, mesmo antes da posse, começou a tomar dinheiro com agiotas para utilizar na contratação de pessoas com o único objetivo de difamar e caluniar a pessoa e a administração do prefeito. Estava traçado o enredo do golpe: desmoralizar Bernal para na sequência, com apoio popular, aplicar a maldita cassação.

Assim, todos aqueles que durante 16 anos chafurdaram nos cofres da prefeitura de Campo Grande, faturando muito dinheiro público com serviços e obras superfaturadas, além dos vereadores, que deixaram de receber mensalão e perderam os cargos que detinham na administração pública, um verdadeiro cabide de empregos, uniram-se em torno do impostor e na confecção da tramóia.

Só não sabiam que a polícia já estava monitorando tudo...

Mesmo com inúmeras provas, o verdadeiro tsunami de algazarra e corrupção ainda durou um ano e cinco meses.

A cidade virou um verdadeiro caos, um 'lixo'.

Hoje, reconduzido ao cargo, aclamado pela população, Bernal busca reconstruir uma cidade sofrida, endividada, enlameada e suja.

Sua tarefa tem sido complicada, mas já conquistou inúmeros êxitos.

O nome de Campo Grande que o encapetado pastor emburacou no Cadin, já foi retirado do orgão de restrição ao crédito pelo prefeito Bernal. Assim, as verbas e recursos que estavam bloqueados, já podem ser liberados.

A cidade ainda sofre, mas já respira novos ares.

O mais importante é Campo Grande finalmente começa a se libertar dos malditos tentáculos que a aprisionaram durante 16 anos.

Quanto ao Gilmar Antunes Olarte, que caminho merece?

Que seja condenado. Que vá para o xilindró e cumpra a sua pena e que, fundamentalmente, devolva tudo o que surrupiou dos cofres públicos.

A não ser que, num último suspiro de lucidez e remorso, resolva optar pela delação premiada e entregar todos que participaram da orgia.

Olarte, cadê o dinheiro que estava aqui?

José Tolentino

Editor do Jornal da Cidade Online

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