A camarilha de artistas, atores, atrizes e “intelectualoides” diversos, beneficiários da tal “Lei Rouanet”, que resumidamente poderia ser definida como uma milionária esmola dos cofres públicos, assegurada por lei, a quem menos precisa, inclusive alguns dos beneficiários morando em luxuosos apartamentos de Paris, e que, ”inteligentemente”, usaram como tribuna de “defesa” dessa verdadeira “lambança” política, o Programa Domingão do Faustão, da TV Globo, no último domingo (9), não tiveram nenhum pudor em usar e abusar do prestígio público da atriz Fernanda Montenegro, para fazer a defesa dela mesma e de todos os outros “rouanetistas”.
Foi muito triste e patético ouvir da boca dessa atriz, de passado artístico com tanto brilho, repetindo “mil” vezes, que “não somos corruptos”, “não somos corruptos”.
Talvez antes de entrar no palco para recebimento dos prêmios aos “Melhores do Ano”, tenham feito nela uma espécie de lavagem cerebral, para que repetisse essa mesma “mentira” muitas vezes, na esperança de que os telespectadores da Globo acreditassem. Foi exatamente assim que o “Doktor” Joseph Goebbels, o genial Ministro da Propaganda de Hitler, na Alemanha nazista, fazia para transformar mentiras em verdades, repetindo “mil” vezes a mentira.
Usaram Fernanda Montenegro da mesma forma que usam o chamado “boi-de-piranha”, para atravessar uma boiada num rio infestado por esses peixes vorazes, onde um deles, o boi “sacrificado”, o “boi-de-piranha”, é deixado sangrando no rio, no sentido “a jusante”, como isca viva para atrair as piranhas e ser devorado por elas, enquanto a boiada atravessa ilesa o rio.
Considerando a “ameaça” Bolsonaro que se avizinhava para as eleições presidenciais de outubro, o numeroso grupo de beneficiários da Lei Rouanet “fechou questão”, contra a candidatura de Bolsonaro, inclusive aderindo à campanha “#EleNão”, prioritariamente em favor do candidato Fernando Haddad, do PT, o grande responsável por essa indecência política.
A minha grande preocupação é que Bolsonaro talvez não consiga acabar com essa mamata, assim como tantas outras, em vista dos tais “direitos adquiridos”, na vigência da atual Constituição, escrita em 1988.
Seria preciso mandar para o “espaço” a atual Constituição, e escrever uma nova, extinguindo todos esses “direitos adquiridos”, obtidos na base da imoralidade política.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).