O erro crucial na formação da equipe do governador Carlos Moisés, de Santa Catarina
08/12/2018 às 04:16 Ler na área do assinanteMistura. O Comandante Carlos Moisés da Silva, Governador eleito de Santa Catarina, está montando um governo aparentemente íntegro, com pessoas preparadas e muito sintonizadas com as funções inerentes aos cargos já preenchidos.
A nota totalmente destoante, se é que se pode fazer essa crítica, vai para a nomeação do Ortodontista e Vereador de Tubarão/SC Lucas Esmeraldino (PSL) para ocupar a esdrúxula pasta denominada Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo.
Ora, nada contra o correligionário político do Governador, que fez uma expressiva e respeitável votação para o Senado da República, conquistando mais de 1 milhão de votos. É um líder legítimo!
Mas, com todo o respeito, a olho nu, há uma dessintonia, quase um abismo, entre a formação do indicado e o “critério técnico” propalado na campanha como fundamento para a formação do governo.
Então, nesse particular, houve um nítido arranjo de interesses políticos e partidários (nada técnico), próprio da “velha política”, que poderia até passar em branco, não fosse o contundente discurso de campanha de ambos (Governador e Secretário) em sentido diametralmente oposto da conduta adotada.
Vindo deles, soa estranho e incoerente. Moisés não deveria ter indicado Lucas especialmente para esse cargo. E por obediência à adequação lógica e coerente da conduta, Lucas não deveria ter aceitado. Mas vai saber a pressão dos bastidores, não é mesmo?
Mas a vida segue. Vou torcer muito para dar tudo certo. É só o que me resta como eleitor de um voto só.
Como nos vinhos, também na política, se fabricam “bland’s”.
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz