Ministra Luciana Lóssio, ex-advogada do PT, o 'Toffoli' de saias do TSE

01/10/2015 às 07:48 Ler na área do assinante

A ministra é jovem, tem apenas 41 anos, e bonita e teria tudo para brilhar na carreira de magistrada e ter uma atuação diferenciada, entretanto não é o que ela tem proporcionado ao Brasil.

Luciana Lóssio tem atuado partidariamente no Tribunal Superior Eleitoral. E isto já é visível e tem provocado enorme descontentamento e insatisfação entre seus pares.

A ministra assumiu o cargo em 2011, nomeada pela presidente Dilma Roussef.

Antes, porém, ela atuou como advogada da campanha de Dilma Roussef em 2010 e o TSE, infelizmente, parece ter sido encarado como uma extensão de sua carreira na advocacia.

No processo que apura se a campanha da presidente Dilma à reeleição recebeu dinheiro de esquemas de propinas nos contratos da Petrobrás, que pode resultar na condenação da chapa Dilma/Michel Temer por abuso do poder econômico, quando o placar da votação estava em quatro a um a favor da condenação, Luciana Lóssio pediu vistas e, desta forma, suspendeu o julgamento.

O tal 'pedido de vista' seria normal, não fosse o fato de ser uma ação em que a ministra está claramente impedida de participar do seu julgamento, pois ela não tem como atuar na decisão sobre uma chapa que pagou por seus serviços como advogada há quatro anos, em 2010. 

E mais, questionada sobre o prazo que levaria para analisar o processo, a resposta veio carregada de segundas intenções: "não estou com a menor pressa".

O trágico é que este tipo de conduta na condição de ministra tem sido recorrente. Foi assim no episódio de cassação da então governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).

Luciana Lóssio havia sido advogada de Roseana, em 2009, depois, em março de 2013 tornou-se relatora de um processo contra a ex-cliente. Ao invés de declarar-se, de pronto, impedida, sentou em cima do processo. Transcorrido muito tempo, finalmente, manifestou-se pelo flagrante impedimento. Foi o tempo suficiente para o mandato encerrar e o julgamento ficar prejudicado.

Seria de bom tom que o CNJ olhasse com carinho para a trajetória de Luciana Lóssio na magistratura.

Edmundo Zanatta

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da Redação
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